Thursday, August 23, 2007

I'm so happy 'cause you're so happy

É uma falta de vergonha na cara, eu sei. Até pensei que já deveria instituir o fim deste meio de comunicação, já que as atualizações passaram a ser mensais e agora esporádicas. Mas tenho bons motivos!

O primeiro é a ausência de internet em casa, já que meu vizinho insiste em conectar-se somente nos horários que não estou em casa. Mas esse motivo vai por água a baixo quando eu tenho posts emitidos de meu ambiente de trabalho. Eu não consigo postar diariamente, pois na maioria dos dias eu realmente só tenho tempo de ler os blogs alheios, mas daria pra escrever vez ou outra (como estou fazendo neste exato momento, diretamente de Curitiba, enquanto as demais pessoas discutem um projeto que não é de minha autoria).

O segundo motivo é o verdadeiro: já não fico mais triste ou aborrecida. Já falei algumas vezes que a inspiração vem mais forte quando se está triste. São os momentos de instrospecção, de repensar nossos conceitos. Ultimamente só tenho coisas boas e escrever coisas boas parece contar dinheiro na frente de pobre. E de acordo com o meu motivo de tanta felicidade, espalhar nossa felicidade só atrai olho grande, tanto que a pimenteira já está sendo providenciada.

A parte ruim é ser chamada de anti-social, ouvir que sente falta dos meus e-mails de happy hour (mesmo que na maioria das vezes eu só tivesse a companhia dos mais fortes, que se resumiam a 3 pessoas), engordar 3 quilos... mas confesso que tive que pensar um bom tempo para lembrar a parte ruim.

Muito boa a sensação de achar que nunca foi tão feliz com alguém... só não sei se é melhor do que a sensação de fazer planos pra um futuro próximo... férias, viagem, novos móveis, nova vida...

Wednesday, June 20, 2007

Momento lar, doce lar

Coisas que a gente só lembra quando precisa:
- Chave de boca
- Alicate
- Escada
- Vela
- Saca-rolha
- Abridor de lata/garrafa
- Extensão de tomada
- Benjamin

Coisas que não devem ser compradas sem uma(s) semana(s) pensando a respeito:
- Panelas
- Potinhos (se comprar demais, onde você vai guardar?)
- Copos
- Pratos
- Quadros
- Cortina

Thursday, June 14, 2007

Ser ou não ser

Costumo ser muito cética a respeito de tudo que não seja explicado racionalmente. Mal de engenheiro. Mas se tem uma coisa que eu tenho acreditado e não consigo explicar e esse tal do sexto sentido.

Tem sentido sofrer por alguém, sendo que a pessoa te afirma estar bem? Ainda se fosse por telefone, daria pra perceber pelo tom de voz e tudo mais, mas por e-mail? Só sei que é uma melancolia tão grande...

E quando você olha pra uma pessoa desconhecida e sabe que pode (ou não) ficar perto? Sou muito boa em acertar essas coisas. Talvez tenha me privado de conhecer pessoas maravilhosas, mas acho que na verdade consegui escapar de muitos problemas. E as que escolhi ter por perto...

Thursday, June 07, 2007

Feriado que promete....

Amigos mais que especiais me visitando
Último show do Los Hermanos (ainda espero que seja uma jogada de marketing)
Receber meus eletrodomésticos
Dias com sol, com aquele ventinho frio
Descobrir que baixar a guarda pode trazer surpresas maravilhosas

Assim não tem como reclamar de trabalhar na sexta-feira.

Monday, June 04, 2007

Das atualizações

Fiquei transtornada pelo fato de não ter internet em casa e pegar um tanto quanto mal escrever no meu blog enquanto tenho algumas dezenas de documentos por emitir. Mas quando percebi que a maioria de meus amigos, cujos blogs são minha leitura diária, também não andam atulizando seus "diários", meu sentimento de culpa diminuiu. Claro que eu vou ignorar o fato de um ser médico e ter de cuidar de crianças em fase terminal e a outra fazer faculdade em uma cidade X, dar aula em uma cidade Y e ainda tentar ter vida social. É, acho que a minha única desculpa é a falta de internet, que descobri poder burlar devido a algumas pessoas possuírem wireless e não bloquearem. Mesmo sendo engenheira, não faço a mínima idéia se isso pode prejudicar a pessoa. Mas vai ser só um pouquinho, até o pessoal aqui do Rio resolver trabalhar e vir instalar o bendito Virtua.



Aliás, essa mudança tem sido uma luta constante. Uma verdadeira novela mexicana. Não, de maneira nenhuma me arrependo por ter mudado. Mesmo depois de um ano nesta cidade, é como se eu começasse a me encontrar agora. Claro que o fato de ter feito amigos, ser respeitada no trabalho e estar rodeada de profissionais que além disso são excelentes amigos ajuda e muito. Mas ter o meu espaço, todo meu, escolher qual vai ser o guarda-roupa, a cortina, será que vou pendurar quadros na parede, que tipo de geladeira é melhor, achar linda uma lixeira de cozinha. É, meu lado feminino aflorado e a todo vapor.



O problema é sempre ter que depender dos outros. Foram 15 dias pra conseguir que a companhia de gás religasse a conexão. Ainda bem que nesta cidade não se faz frio de 2 graus. Mas mesmo assim, acordar às seis da manhã e levar aquela chuveirada fria... depois de conhecer todos os atendentes da CEG, infelizmente verifiquei que só consegui ter o gás quando uma colega da trabalho me passou um telefone mágico. Uma funcionária que tinha contatos com um certo vereador, que tinha contato com a minha colega. Foi citar o nome do indivíduo, que dentro de uma hora havia um técnico na minha porta e depois de mais uma hora, o segundo técnico para fazer a conversão do aquecedor. Simples assim. Fiquei levemente enojada com a podridão das coisas. E eu faço parte disso. Shame on me.



Agora eu dependo da boa vontade do Ponto Frio entregar no dia certo os meus eletrodomésticos. Fiquei o sábado esperando e ligando hoje, o atendente me informou que a moça errara o dia e ao invés de solicitar para o dia 2, sábado, solicitou dia 1, sexta, dia que eu viajava a trabalho. Minhas coisas chegaram até a porta da minha casa e foram embora... que o universo conspire para eles aparecerem neste sábado.



E ainda tem todos os móveis pra escolher... no fundo acho que estou enrolando para não acabar essa parte divertida de imaginar como será meu lar, doce lar. Depois ele vai estar pronto e a partir daí serão só defeitos. Por que a gente se recusa a ser feliz?

Sunday, May 06, 2007

Amigos, cervejas e computador

Descobri um jeito de fazer meu computador funcionar. É só apertar o botão "Power" com bastante fé, cruzar os dedos e torcer para o monitor ligar. Se ligar, não deixar o bendito fazer a checagem do disco rígido, mesmo sendo "fortemente recomendável" e correr pro abraço! Fácil! Mas se eu desligar, só posso ligar depois de algumas horas, porque ele cansa. Não posso abusar.

E o fim de semana já está com saldo mais que positivo. Rever amigos e ter a sensação de que não passou tanto tempo assim é muito boa. Mesmo com novidades, ver que a essência é a mesma me traz conforto. Me faz lembrar de momentos muito importantes, de como aquela amizade sempre foi especial, do quanto eu sou apaixonada por ele. Sempre foi um misto de admiração e amizade da mais simples. Saudade das noites de longas conversas. Mas essa saudade é diferente. Não tenho pretenção de que aconteça de novo. Essa saudade é aquela gostosa, que te faz sorrir quando vem à cabeça. Sim, uma declaração escancarada porque tenho estado muito emotiva.

Já estaria bom e eis que o fim de semana ainda me guardava bons momentos. Estar rodeada de pessoas muito especiais e muita cerveja é minha balada perfeita. Falar muita besteira, muita coisa importante, falar mal das pessoas, falar bem das pessoas... Um belo céu estrelado, mas a última imagem da balada era um dia raiando. Há quanto tempo não fazia isso....

Friday, May 04, 2007

Ligeirinha

SIM! Encontrei O lugar pra morar! Melhor lugar desta cidade e talvez agora eu goste um pouco mais daqui. Pequeno, mas aconchegante. E numa conversa de bar, descobri que esse negócio de acreditar em energia não acontece só comigo. Sabe aquela sensação boa/ruim quando você encontra algo/alguém pela primeira vez? . E tem vezes que ela vem tão claramente boa, que não tem como deixar passar. Onde é que eu assino. Tomara que meu sexto sentido não tenha me enganado...

Agora passo os dias imaginando como devo mobiliar o meu espaço. Bem que meu computador poderia estar funcionando. Mais uma lição aprendida: não tente formatar seu computador se você não faz a mínima idéia de como seja isso. Ele pode nunca mais ligar.

Friday, April 20, 2007

Rio Body Count

"Oi, mãe! Voltei de viagem, já estou no Rio"
"Tá tudo bem? Saiu um monte de notícia sobre tiroteios por aí. Não é perto da sua casa, né?"
"Não, mãe... imagina... (olhando o jornal por não fazer idéia do que tinha acontecido e observando a reportagem que mostrava um tiroteio na rua de trás de casa) "

Por isso decidi algumas coisas. A primeira foi escrever pra avisar que estou viva e não faço parte dos números do Rio Body Count. A segunda é que definitivamente vou procurar um lar num lugar menos "movimentado" (embora todos os cariocas digam que isso não exista no Rio).

No mais, a coisa mais interessante que é digna de ser colocada aqui neste blog é a incrível constatação de que este mundo é inacreditavelmente pequeno.

Como no Rio não é comum encontrarmos nipônicos perambulando pela ruas, quando aparece um no setor, é como um grande evento e todos da linhagem são avisados da presença de um novato no grupo. O sobrenome do novo amigo é Motoki. Coincidência ser o mesmo sobrenome do Mauro (pra quem não conhece a banda Ludov, recomendo).
"Você tem algum parente que se chama Mauro?"
"Bom, meu irmão se chama Mauro."
"......... por acaso ele tem uma banda?"
"Tem sim, Ludov"
" (eu, tendo um ataque histérico) NÃO É POSSÍVEL!!!"
O resto das coisas que eu disse ou perguntei, não vem ao caso, já que foi um ataque groupie de primeira.

Já me avisaram que o rapaz, de nome Eduardo, é uma das 5 pessoas mais legais do mundo (lista da qual fui excluída pela pessoa que passou esta informação). Mas por uma profunda gafe minha, tenho a mania de chamá-lo de Mauro! É, preciso sair mais vezes com ele pra conseguir formar a imagem Eduardo na minha cabeça.

Quanto a Curitiba, como um dos meus milhares de leitores perguntou, continua linda. Passei mais uns dias por lá e provavelmente continuarei indo algumas vezes. Mesmo sendo a trabalho, adoro essas viagens. Fora o up no salário, a cidade é tão organizada que fico até deprimida ao voltar para a "cidade maravilhosa" e seu agradável odor de mar com urina.

Conversei com um amigo que defendeu com unhas e dentes a cidade de Manaus, cidade na qual ele mora atualmente, quando foi citada a monotonia do lugar. Fiquei impressionada e pensei que se eu me propusesse a abraçar dessa maneira a cidade onde moro, talvez eu não ficasse tão triste de saudade com tanta freqüência. Pena que essas coisas não surgem do nada e é preciso muita força de vontade. Coisa que eu não tenho.

E nesse longo período de silêncio, peguei-me questionando mais uma vez se eu estou no caminho certo e a sábia mãe de minha amiga soltou uma frase que acabou comigo "se você não sabe pra onde quer ir, não chega a lugar nenhum". Parece que é a frase do gato doido de "Alice no País das Maravilhas". A conclusão é que as dúvidas ainda continuam. Maravilha.

O importante é que segunda é feriado no Rio e aproveitei para matar a saudade de Campinas. Pena que a saudade foge quando eu tô aqui e só reaparece quando eu vou embora...

Sunday, March 25, 2007

Long, long time ago...

Eu sabia que fazia um tempo que estava sem escrever, mas depois que o sr. blogger me mostrou que a última postagem foi dia 9, questionei-me sobre o que fiz todo esse tempo que não liguei meu computador. Provavelmente eu tenha ligado, lido uns e-mails e, sem vontade de escrever, desencanei deste blog.



Mas sendo hoje um dia de sol e calor (pra variar) e com vontade nula de ir à praia, resolvi resgatar algumas coisas deste praticamente um mês sem escrever e desabafar. Vou fazer em tópicos, sempre gostei de listas. Acho que já escrevi isso.



- Filmes: não consegui cumprir minha meta de um filme por semana, por motivos financeiros e profissionais. Mas a lista de filmes não foi tão pequena, mas alguns deles foram alugados e vistos durante o fim de semana. Pois é, solteira no Rio de Janeiro... foram eles:


1) Meninamá.com - comecei com este pra já queimar meu filme logo de cara. Não faço idéia de porque resolvi pegar este filme, acho que alguém comentou sobre ele (ou algum outro com título parecido) e eu acabei alugando. O filme é interessante se você pensar na moral da história. Por mais clichê que seja, eu sempre gosto de filmes com lições de moral e que escancarem algum problema social/emocional/pscicológico. O filme fala de pedofilia e tem cenas de tortura psicológica para homens. Mas no fim das contas, não gostei muito.



2) Layer Cake (acho que é "Nada é o que parece" em português...) - Filme com o novo James Bond (confesso que peguei na prateleira por causa dele), dos mesmos diretores de "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes" e "Snatch" (foi por isso que eu aluguei). Também sou fã de filmes com tramas e suspenses. Segue a mesma linha dos outros filmes citados, logo, diversão garantida.



3) Cartas de Iwo Jima - Não gosto muito de filmes de guerra, porque os sentimentoso no final são sempre os mesmos: horror frente à barbárie humana, sentimento anti-guerra, etc. Sempre aparece alguma coisa ou outra pra diferenciar os filmes, mas no geral, sempre parece que você já viu o filme. E o que me levou a ver este? Ele é todo em japonês! Eu não poderia perder a chance de assistir na telona um filme em japonês! Fiquei com saudade dos meus pais. E pra quem pensou "mas sempre tem aqueles filmes tipo Tigre e o Dragão, O clã das adagas voadoras, etc", não, chinês não é a mesma coisa que japonês.


4) Happy Feet - Na minha lista de animais mais "cuticutimegameigos" estão pinguim, panda e coala. Um pinguim engajado, sensível, obstinado. Ah, e ele sapateia. E o pai dele é o Wolverine, logo ele tem futuro. Preciso assistir mais filmes divertidos assim.


5) Scoop - Novo filme do Woody Allen. Divertidíssimo. E tem o Wolverine. E Scarlet Johan...nãoseioque, que eu nunca sei escrever o sobrenome e estou com preguiça de procurar no google, fazendo papel de nerd. Gosto dela. Recomendo fortemente.


6) Sobre meninos e Lobos - Na verdade esse eu ainda não terminei. É meu programa de domingo a noite. Primeira impressão: adoro o Sean Penn.

7) Não é você, sou eu - Filme argentino que fala de término de relacionamento e começo de um novo. Poderia ser uma inspiração pra mim. Solteira no Rio de Janeiro, arranjo um cachorro pra ver se me dou bem com os rapazes que levam seus cachorros pra passear, conheço um veterinário gente boa... roteirozinho meia boca... esses romantismos não acontecem comigo.

8) Save the last dance - Filme adolescente sobre diferença de classes, com black music e dançarinos. Precisa dizer mais? Se era pra queimar meu filme, esse tinha que estar no item 1).

9) Hope springs - Filme com o cara que fez Febre de bola e Diário de Bridget Jones. Gosto muito dele. Comédia ramântica. Mela cueca. Não recomendo.

Obs: Estes últimos 3 foram emprestados por um amigo. Não aceito mais suas sugestões de filme.

- Viagens: Tenho ido com freqüência para Curitiba, a trabalho. Mas não tenho tempo de conhecer a cidade, os pontos turísticos, mas posso dizer que é uma cidade tão organizada e limpinha que dá vontade de pedir transferência. E graças a essas viagens, consegui voltar algumas vezes pra São Paulo, dividindo as pontes aéreas. Fora os inconvenientes de se ficar de 2 a 6 horas esperando o(s) vôo(s) atrasado(s), essas voltas à terra natal me renderam ótimos fins de semana, mas não suficientes. Encontrei no Starbucks um amigo que eu achava que só ia encontrar daqui a 3 anos (nossa média de tempo entre encontros é essa), reencontrei minha amiga quase alemã, vi meus pais (brigando e fazendo as pazes como sempre) e essas coisas de sempre.

- Trabalho: Recebi um feedback positivo de uma pessoa importante (pelo menos para mim) e isso me motiva ainda mais a trabalhar como um camelo. Eu devo ser a funcionária perfeita, porque é só dar um parabéns que eu fico contente. E descobri uma pessoa com quem posso conversar. Pelo menos de angústias trabalhísticas.

- Estudos: shame on me....

Acho que já escrevi demais. Até deu vontade de ir pra praia.

Friday, March 09, 2007

O poder da cerveja

- Poutz... fui embora ontem e não paguei a última rodada!
- Pirangueira é assim mesmo! Mas você paga na próxima! Fica o convite pra mais uma cerveja!
- E nós bebemos tanto assim? Nós dançamos samba entre as mesas mesmo?
- Isso eu não lembro...
- É... acho que bebemos tanto assim...

Obs: pirangueira - Adjetivo feminino utilizado no Pará que se refere àquela que no momento de dividir as contas, dá uma de joão-sem-braço. Diferente de canguinha, que é aquela que nem sai pra não gastar.

Tuesday, March 06, 2007

Ser ou não ser

Quando eu decidi escrever este post, ia ser mais uma vez sobre saudade, em como é estranho e ruim a gente não se acostumar com a distância, mas acho que isso já está ficando repetitivo demais. Então, quando estava prestes a desistir de escrever, um episódio no trabalho me fez ficar ainda pior (ah, tadinha de mim).

Sempre questionei minha capacidade como profissional na área técnica. Na verdade, profissional em qualquer área. Muito frequentemente me sinto muito nova pra ser adulta, com todas essas responsabilidades. E ajo como um imbecil em assuntos profissionais, pra encobrir minha clara dificuldade e pouca habilidade. Sensacional. O famoso troféu joinha vai para...

Com ou sem emoção

Viver no Rio por si só já é um emoção. Nunca se sabe se vai rolar aquela bala perdida. Mas hoje eu descobri o que é o verdadeiro rush do metrô do Rio.

Sem emoção - trabalhe até mais tarde, até umas 8 da noite, e tenha talvez a chance de ir sentada. A probabilidade é pequena, mas pelo menos você consegue se segurar naquelas barras de ferro.

Com emoção - saia 17:30h do trabalho, enfrente uma fila gigantesca para passar o seu vale-transporte (ou proletário card) só pra ter uma idéia do que te espera. Tente alcançar um lugar na plataforma onde teoricamente o vagão vem mais vazio. Tente ficar próximo à porta, mas fique ciente de que é um caminho sem volta, pois quando você menos percebe, uma multidão já se posicionou por todo e qualquer espaço ao seu redor. Barulho nos trilhos. O metrô se aproxima. A massa já ultrapassa a linha amarela (coisa que eu tenho pavor) e você vai por osmose. As portas se abrem, mas já não há espaço para mais ninguém, mas você é empurrado para dentro e se estava com um braço levantado para puxar a bolsa, é assim que ele vai ficar. Nas primeiras estações não desce ninguém, mas por um mistério da física, ainda continua subindo gente. Eis que chega a Central. Essa mesmo, do filme. Metade do vagão desce nessa estação, mas infelizmente não é o seu caso. E você está na frente, na porta, onde uma multidão estressada (não é por menos, já que o ar condicionado não suporta tanta gente e o calor é de matar) te olha com cara feia. As portas se abrem e você tenta descer logo pra não ser pisoteado. Mas a multidão é maior do que você imagina e você é empurrado como se estivesse no mar, onde a onda quebra. E você luta pra não tomar um cachote. Toca o sinal para as portas fecharem, mas o mar te levou pra muito longe. Você corre pra não ter que esperar pelo próximo e acabar logo com o sofrimento. Ufa... Mas o vagão ainda está cheio. O golpe final vem na estação Estácio. A segunda metade do vagão quer descer e você ainda está na imediações da porta. Mas dessa vez é mais fácil se segurar na barra de ferro. Na próxima estação, só um pingado de gente. Que jeito de se terminar um dia. E tem gente que tem essa emoção todo dia. Prefiro as horas extras....

Só pra registrar

Eu estou viva. Não posso dizer o mesmo deste blog. Como eu já imaginava. Dentro das minhas metas estava estudar mais o que interfere drasticamente com a existência deste blog. Mas é sempre bom avisar que se está vivo, sendo eu moradora da cidade do Rio de Janeiro. Eu colocaria um link pro Body count, mas eu não sei fazer isso.

Saturday, February 24, 2007

Dá uma pregui.....

Como eu imaginava.... este blog anda cada vez menos atualizado. Realmente admiro o Renato que nos alegra com postagens diárias. Minha diversão pós-almoço.

Gostaria muito que este descaso/desleixo fosse por falta de tempo, o que significaria mais amigos, baladas, etc. Mas não. Pura preguiça. Carnaval em Florianópolis, reencontro com amigos queridos, conhecer amigos novos, visitar finalmente a casa do irmão. Até que muita coisa aconteceu.

Mas é estranha a ausência de sensações, pensamentos. Não é tristeza, já me acostumei com as despedidas. Não é felicidade, porque a saudade ainda é grande. Nem melancólica, senão eu estaria escrevendo muito mais.

Quem sabe a praia amanhã não me ilumina as idéias?

Tuesday, February 13, 2007

Mas já é Carnaval???

Tanta coisa. Babel. Amigos. Fim de semana inesquecível. CDs/K7s (!!!) pra gravar. Livros pra comprar. Mala pra arrumar. Roupa pra lavar. Amigo vindo de Manaus. Tanta coisa pra escrever. Tanta coisa pra arrumar. E quantos dias pro Carnaval? TRÊS??? E eu me dando ao luxo de ficar triste de saudade!

Saturday, February 10, 2007

Qual o contrário de inferno astral?

5 da manhã. Friozinho bom... até uma garoazinha veio me dar as boas vindas. Feliz.

9 da manhã. Sol na janela da sala. Calorzinho bom. Consigo andar ao sol sem sentir minha pele esturricando. Ao contrário, é como se ela agradecesse. Sem um pingo de suor. Só a parte boa do sol. Feliz, muito feliz. Tão bom saber quando o sinal abre, quando ele fecha, o cheiro do frangão assando na esquina, o pontepretano do Vitachi, carros parando pra você passar, ar, a vista da Replan, saber que pouca coisa mudou (o laboratório médico da esquna fechou, um bar novo em frente de casa...). E só faz 4 horas que estou aqui.

Telefone toca. Tão bom ouvir a voz já conhecida, falando como se tivéssemos nos falado ontem.

E um telefonema direto da Argentina faz meu coração apertar. E estranhamente me fez ver que fiz escolhas certas. Vi que tudo que quis um dia, já não me é importante. E me peguei feliz pelo sucesso de um amigo, ao invés daquela pulguinha que costumava me incomodar, dizendo "você poderia estar no lugar dele". E ouvir um "todo mundo gostava de você" pra terminar com chave de ouro (e espero que eles continuem gostando...).

Só que me falta um pedaço tão importante. Mal posso esperar pelo fim do mês. Mas enquanto ela não chega, vou acumulando um monte de coisas legais pra contar.

E tem tanta coisa que quero fazer... Por que só tenho dois dias?

Friday, February 09, 2007

Sobre escrever bêbado

Em conversa com um amigo, discutimos sobre escrever geralmente quando se está triste. Mas descobri que quando se está bêbado, as coisas também saem. Meio confusas, com alguns erros, mas quem se importa?

Thursday, February 08, 2007

Sobre as coisas do dia a dia

Tenho a mania de olhar algo ou alguém e imaginar uma história sobre ela. E ultimamente ando muito egocêntrica e faço isso com as pessoas que estão ao meu redor. Como um rapaz que encontro todos os dias na escada do prédio, eu subindo e ele descendo. Todos os dias me imagino parando o rapaz no meio da escada e perguntando o que ele escuta todos os dias no ipod dele. Se ele responder qualquer coisa que me desagrade, é mais fácil. Perde o tesão. Mas imagina se ele me diz que ama Death Cab for Cutie (que eu descobri hoje ser muito bom)!!! Aí eu saio rolando pela escada.... então tenho a brilhante idéia de perguntar ao porteiro (que geralmente tudo sabe), "sabe quem é o mocinho do 304?" "Ah, o Carlos, que se casou há pouco?" E acaba aí a alegria. Pôxa, custava deixar eu tentar?

Mas tem Campina este fim de semana.

Monday, February 05, 2007

The way to help you out

Durante o fim de semana discutimos como é bem mais fácil escrever quando se está triste. Afinal de contas, quando se está feliz, você quer aproveitar o momento, não em perder seu tempo escrevendo em blogs. Mas tem certas coisas que precisam ficar registradas, porque a vida não é feita só de feedback negativos (haha deu até uma saudadezinha do meu trampo antigo).

Sinto me muito feliz neste momento. Se a saudade foi embora? De maneira nenhuma, continua firme e forte, mas o fim de semana está chegando e vou ver uns 70% das pessoas que eu mais amo nesta vida. Mas o fim de semana que passou rendeu. Muita praia, muito sol e novos amigos.

Entre discussões sobre a piedade humana, TPM e toddynho de manga, a gente descobre pessoas especiais. Espero que especiais a ponto de ficarem por um bom tempo e entrarem no grupo dos mais amados. Mas não nos precipitemos, porque conhecemos a dor da decepção. Desde quando a gente aprende a não se jogar de cabeça nas coisas? mmm... Quem sabe não esteja faltando essa emoção na minha vida?

Tuesday, January 30, 2007

Por que felicidade de pobre....

Descobri que preciso olhar o calendário para poder entender o porquê da minha tristeza. Tudo TPM. Malditos hormônios!!!! Desculpe se preocupei alguém!

Mas bastou eu voltar a ficar de bom humor, que uma enxurrada de coisas chatas acontecem. Inferno astral mesmo.

Finalmente encontrei uma casa na qual eu gostaria de passar meus anos cariocas. Pena que mais umas vinte pessoas descobriram o mesmo lugar. Mas a esperança continua! Só falta achar um fiador. Não imaginei que a tarefa seria tão complicada. Mas eis que uma alma iluminada se oferece pra ser fiador. Inacreditável! Minha sorte deve estar mudando! Combinamos de levar todos os documentos no dia seguinte. Mas assim que chego do trabalho, recebo um telefonema avisando que não dá para ele ser meu fiador. É. Era bom demais pra ser verdade.

Corro pra buscar um tal de seguro fiança, onde eu vou ter que desembolsar a bagatela de 1500 dinheiros. Eis que eles pedem um documento que demora uns 15 dias pra ficar pronto: declaração de imposto de renda. E não é só o tempo, eu tenho que ir até a receita federal e tooooda aquela burocracia pra conseguir provar que eu declarei meu imposto.

Lembra aquela esperança de conseguir alugar o apartamento? Eu já quase não lembro dela.

Eu devo ter sido uma péssima menina no ano passado, por que esse ano começou e parece uma piada. E ainda me querem de bom humor.

Saturday, January 27, 2007

Se ele soubesse...

Quando a gente está triste, frases que são só brincadeira acabam te fazendo afundar. E a culpa não é de quem fez a brincadeira, é o seu estado mesmo.

- Deixa eu ver se aprovo sua namorada.
- Mas é ela quem tem que te aprovar.

E assim, de uma semana pra outra, os anos de amizade são colocados numa gaveta com um rótulo "supérfulo". Tá bom, eu sei que não é assim. Mas foi assim que bateu quando eu li.

E só essa frase me fez pensar em como a gente se apega a coisas, pessoas, mas que na verdade, de uma hora pra outra, não significam mais nada. A gente tenta se enganar, dizendo que sempre vai ficar guardado, mas como eu disse, fica num arquivo, daqueles que ninguém mais mexe.

Não quero confete, mas sei que já faço parte de um monte desses arquivos, assim como eu já coloquei muita coisa no meu arquivo. Ainda reluto muito a arquivar as coisas. Mas talvez seja necessário pra começar um projeto novo.

E se a gente sempre vai arquivar as coisas, por que a gente tem que começar projetos novos?

Monday, January 22, 2007

Rain drops keep falling on my head

Depois que pensei no título, percebi que não precisaria escrever mais nada. Comprovada mais uma vez a minha habilidade/maldição de sempre carregar chuva. Acho que se eu e minha amiga campineira nos mudássemos para alguma dessas cidades onde crianças precisam caminhar por quilômetros pra conseguir um balde de água barrenta, faríamos muita gente menos infeliz. Pelo menos uma penca de cariocas me agradeceu veementemente por ter saído da cidade, provendo um fim de semana de bastante sol a todos eles.

Mas mesmo assim, por incrível que pareça, a chuva não atrapalhou. Praia, cerveja (que ficava um pouco aguada por causa da chuva), amendoim, peixinho, lula, caipirinhas, batidas para a atração principal do meu fim de semana: amigas. Céus, como eu senti (e sinto) falta delas. Relembrar nossas traquinagens da faculdade, ganhar um elogio sobre minha forma física, revelar alguns segredos, fofocar, quase morrer com as ondas assassinas, meter o bedelho na vida uma das outras, falar muita besteira, rir. Rir muito.

O problema é o vazio que fica depois. A vontade de largar tudo e voltar. Mas sei que estou num ponto onde não me sinto à vontade no Rio, mas já não pertenço mais a São Paulo. Como uma amiga disse, no Rio sou a paulista e em São Paulo já me chamam de carioca. Mas esta deve ser só mais uma das milhares de crises que tenho e que terei por um bom tempo.

Mas agora minha cabeça está no carnaval e numa ilha...

Thursday, January 18, 2007

Lar - A Saga

Começo minha busca. Jornais comprados, sites procurados, candidatos anotados! Minha lista até que tem muitos felizardos! A esperança é grande.

Telefonar. "Já foi alugado". "tu-tu-tu-tu". "O endereço é na (algum lugar na casa do car.....)". "O aluguel é R$350 e o condomínio R$480". "Já foi alugado". "Nossos atendentes estão todos ocupados, não desligue, sua ligação é muito importante". "Visitas só durante a semana em horário comercial".

Eis que marco então, no meio do expediente, uma visita a um "maravilhoso conjugadão" no Botafogo, afinal de contas, se eu quero agito, eu tenho que estar na Zona Sul!

Já tinha sido avisada sobre o que poderia encontrar, mas acho que não levei tão a sério. Um cômodo, safadamente divido em 3. A sala/quarto não comporta uma cama de casal (só pra dar noção de tamanho). Se a cama entrasse, eu precisaria sair. A "cozinha" não tem espaço para um fogão e nem uma geladeira. Para mim era premissa básica de uma cozinha ter pelo menos estes dois eletrodomésticos e uma pia. E eu pensando em adicionar um microondas... Para se tomar banho ou usar o banheiro, uma manobra arriscada precisa ser feita: abre-se um pouco a porta, esgueira-se pelo vão e fecha-se a porta para que você consiga ficar dentro do banheiro, com a porta fechada. Ou você entra no banheiro, sobe em cima da privada e fecha a porta. E não dá pra tomar banho com a porta aberta, porque ela fica bem embaixo do chuveiro. Reparei em muitas crianças dentro do prédio. COMO DIABOS ALGUÉM CONSEGUE MORAR COM UMA FAMÍLIA NUM PULGUEIRO DESSES?? Era o que eu tinha vontade de pergutar ao cara da imobiliária. Fiquei bem triste pelas pessoas que moravam lá. E quanto eu gastaria? 550 dinheiros. Com isso eu moraria num lugar bem bacana em Campinas... Mas se queres praia, tens que pagar por ela, obviamente.

Segunda tentativa. Ainda no Botafogo (vamos, menina, não perca a fé neste bairro!). Quarto e sala numa das avenidas mais importantes. O elevador mostrava que a visita dessa vez não seria tão traumatizante. Corredores limpos. Bom. Sala grande (na medida do possível). Bom. Quarto com armário embutido. Bom. Tudo com cara de 74 anos de utilização. Mau. Cozinha com espaço para fogão e só. Mau. Área de serviço com espaço para máquina de lavar OU geladeira. Mau. Banheiro com azulejos multicor e mofado. Mau. Janelas que dão para todas as outras janelas do prédio. Mau. Tudo isso pela quantia de 800 dinheiros.

Keep searching....

Monday, January 15, 2007

Casa do Lago


O título deste post poderia ser "Nem tudo é perfeito" ou "Siga seus instintos". Desde que vi o cartaz do filme, uma certa vontade de ver este filme me acometeu, só porque achei que lembrava alguma coisa de Final Fantasy. A Sandra Bullock está bem parecida com um dos personagens do FFVIII, Rinoa. Ok, assumo, sou nerd mesmo.

Eis que um amigo meu do trabalho fala muito bem do filme. Então o anjinho diz na minha orelha direita "Você sabe que não é bom. Não tente se enganar. Se pelo menos você estivesse assistindo com alguém, poderia se ocupar nas partes entediantes (=quase todo filme, mas não consigo me lembrar a parte que salva)". O diabinho na orelha esquerda "Ah, dá uma chance pro garoto! É sábado a noite! Você já está no fundo do poço, o que custa tentar?". E o diabinho sempre vence. Maldito.

Não tenho o que comentar do filme, previsível, como qualquer romance. Do tipo do filme que você implora pra acabar logo. Mas não tão ruim a ponto de eu desligar no meio. Poucos atingiram este nível. Tenho uma paciência considerável.

Ao fim do filme pensei "Deveria ter chamado o carinha da locadora pra assistir (um rapaz muito bem apessoado que não havia visto antes)..." Assim o anjinho teria ficado menos bravo.

A Fantástica Fábrica de Chocolate

O fim de semana tinha tudo pra ser um desastre, mas bons filmes sempre salvam. Esse é um daqueles que você se arrepende de ter tido preguiça de se deslocar até um cinema pra poder apreciar a diversão por completo.

Johnny Deep está fantástico, não há como duvidar de sua insanidade. Ainda não consegui chegar a uma conclusão se gostei ou não de ter mergulhado no passado de Willy Wonka. Tenho preconceito com coisas sentimentalóides, mas achei que foi feito com humor. Fazia tempo que não gargalhava com um filme.

Oompah Loompahs! Como eu tinha medo deles!!! E nessa versão tem até um exemplar feminino! As músicas estavam menos sombrias e mais divertidas. Mas obviamente com um toque macabro.

As criancinhas pareciam os bonequinhos de Tim Burton. O gordinho me dava calafrios... Violet e aquele nojento chiclete que ela guardava no meio do cabelo e a mãe piranha!

Ótima balada de sábado!

Sunday, January 14, 2007

245 - A saga continua

Depois do deslumbramento com o filme, de sair sorrindo, como faço depois que vejo bons filmes, tenho que encarar a dura realidade: tenho o caminho de volta a percorrer.

A Barra é um lugar estranho. As avenidas são muito largas, tem várias calçadas, mas pra chegar de uma a outra, ou você arrisca sua vida e corrobora as estatísticas de que morrem mais pessoas atropeladas do que assassinadas no Rio, ou você caminha muitos metros até encontrar uma faixa (e anda tudo de volta, porque o ponto fica simetricamente localizado do outro lado da pista). Ah, e a numeração é a mesma, dos dois lados da pista.

Depois de muito tempo aguardando o 234 (perigo é o meu sobrenome), eis que descubro que há um outro ônibus que me levaria de volta pra casa: o 245. Desejei que ele não passasse pelo Alto. Mas ele faz exatamente o mesmo trajeto que o 234. Que garota de sorte. Mas o ônibus estava cheio. Não sei porque, mas me sinto mais segura quando há mais gente perto de mim.

Mas desta vez, a aventura foi outra. Descer o Alto é muito pior do que subir. Não, não encontrei nenhum psicopata no caminho, mas o motorista, como quase todos do Rio, não dirige, pilota. E o Alto tem muitas curvas. Lembrei da vez que vim ao Rio no Cometão pro Rock'n Rio no momento em que descíamos a serra. Só que desta vez eu estava em pé. Com dois expressos e meia barra daquelas grandonas de chocolate no estômago. Minha boca começou a salivar. Em cima de quem eu deveria gorfar, do casal que se amassava sem pudores na minha frente (podem me chamar de mal amada), das meninas que voltavam de alguma balada e falavam muito alto me dando mais enjôo, do rapaz que não conhecia desodorante? Com uma força além do normal, consegui abstrair tudo e sair ilesa, para a felicidade de todos os presentes.

Será que dá pra perceber pelos 3 posts seguidos que o efeito do café ainda não passou? Muito porreta esse expresso. Vou lembrar bem dele amanhã, enquanto estiver pescando sobre meus fluxogramas.

Os Infiltrados


Eis o motivo de minha jornada. Chegar até um dos únicos cinemas do Rio de Janeiro a exibir um dos filmes mais tensos que já assisti.

Sim, fatores externos podem ter afetado minhas sensações durante a sessão, como a já citada aventura no 234 e os dois expressos (muito bons por sinal) que tomei antes do filme. Como não queria chegar atrasada e não conhecia o lugar, resolvi chegar duas horas antes do filme e pra poder ficar sentada em uma mesa, era isso o que meus poucos dinheiros podiam pagar, já que não havia bancos por perto e não aceitavam cartão.

Não recomendo nenhum dos dois fatores citados antes de ver este filme. Dinâmico do começo ao fim, me fez sair tremendo do cinema. De verdade. Achei que fosse cair pelas escadas, pois minhas pernas também tremiam (mas acho que era pelo café).

Conclusão: valeu a pena ter me deslocado, passado por situação de perigo, porque o filme é sensacional! Me fez querer pegar a lista de todos os filmes do Scorsese, pois provavelmente eu não tenha visto muitos dele.

E durante a sessão, vi que realmente não gosto de pessoas que comem durante o filme. Principalmente de boca aberta. E se ela estiver umas 3 fileiras atrás de você então...

Medo

Eis que decido me aventurar por caminhos pouco navegados. A tão longínqua Barra da Tijuca.

Como não é um evento especial, não posso me dar ao luxo de me desprender de 40 dinheiros em vésperas de carnaval e fim de mês (= depois do dia 15). Aproveito para conhecer o itinerário do 234. Ele passa pelo Alto da Boa Vista. Lugar lindo. Tirando o perigo de passar por lá, de acordo com o taxista que no Reveillon me deu duas opções para chegar a Barra, pelo Alto ou pela Zona Sul. Quando escolhi aleatorimente o Alto, ele soltou um "quer mesmo passar pelo Alto a esta hora da noite?". Pra que perguntar então?

Mas o 234 não tem escolha. Passamos então pelo Alto. No meio do caminho, eis que sobe um cidadão suspeito. Ok, não é legal ficar "estereotipando", dizendo que tipo de pessoa é do bem ou que tipo é do mal. Mas o rapaz tinha cara de louco. E era nervoso, me deixando nervosa também. Eis que a cobradora (=trocadora aqui no Rio) começa a gritar para o motorista: faz esse descer porque ele não tem dinheiro. Então começa uma discussão. Eu, sentada no banco ao lado da cobradora, pois ela me diria em que ponto eu deveria descer, comecei a ficar tensa, porque o moço com cara de louco parecia estar cada vez mais nervoso. Eis que a cobradora deixa o rapaz passar pela catraca e adivinhem só do lado de quem ele resolve sentar e continuar a difamar todos os presentes? Pois é...

Procurei por saídas de emergência, mas eu não teria tempo. No primeiro ponto, o ônibus pára e o motorista grita para o meliante descer. E ele atende. SUSPIRO DE ALÍVIO.

Durante resto do caminho, a cobradora fala que não gosta de se sentir ameaçada e quando isso acontece, chuta o balde e roda a baiana. Se tiver que matar, mata logo. Sem essa de "ameaça psicológica" (palavras da moça). Que ótimo. Se o cara estivesse armado, eu poderia ter levado um balaço na cabeça por estar ao lado de uma descontrolada.

O passeio com o 234 não foi a coisa mais agradável.

Saturday, January 13, 2007

A procura da energia motriz

Falta-me energia. Mesmo depois da lista. Tantos objetivos (principalmente o item 6), mas me sinto como há seis meses: perdida, com muita saudade. Sim, fiz amigos. Sim, conheci muitos lugares. Sim, tenho aproveitado a cidade.

Mas semana passada ouvi um "O que você conhece de bom pra se fazer lá em Campinas?" de um colega que se preparava para viajar a trabalho. Fiz uma lista (mais uma prova de como gosto delas) com os lugares que mais freqüentava. Quando terminei, soltei um suspiro inconsciente. Lembrei de um capítulo de Friends, onde o Joey vai pra Londres para o casamento do Ross e depois de conversar com a Phoebe pelo telefone, começa a ficar com tanta saudade e se emociona com a musiquinha do Cheers (um outro seriado que eu gostava bastante) "where everybody knows your naaaame!".

Banzo é o que eu tenho, de acordo com um amigo meu. Tomara que eu não definhe...

Espero que amanhã tenha sol... quem sabe a praia não me anima. E preciso de força extra pra encontrar um novo lar...

Das resoluções de Ano Novo

Por mais que eu saiba que as resoluções de ano novo duram no máximo até o carnaval, eu sempre gostei de fazer a minha lista. Aliás, eu adoro fazer listas. Me dá uma sensação de organização. Não que eu siga as listas sempre...

Mas a lista deste ano está razoavelmente grande.
1) Mais água pra evitar cálculos renais e não perder mais reveillons;
2) Menos comida pra evitar ser pega de surpresa pela queda do metabolismo aos 25 (li em algum lugar ou alguém me falou que era essa a idade para ir ladeira abaixo) - sim, esta será uma das mais difíceis resoluções a se cumprir;
3) Menos palavrões - esta está na lista desde que comecei minha faculdade;
4) Mais estudo - até agora não colocado em prática, possivelmente depois do carnaval;
5) Menos cerveja = mais dinheiro;
6) Conseguir um lugar pra chamar de lar - esse com certa urgência;
7) Aceitar a cidade as the way it is;
8) Voltar a aprender alemão - esse depende do item 5;
9) Fazer uma viagem inesquecível nas férias;
10) Adquirir uma câmera digital - também depende do item 5, mas fortemente influenciada pelo item 6;
11) Depilação definitiva, já que eu moro em uma cidade com praia. Talvez essa resolução tenha sido informação demais, como saber detalhes de posições sexuais do seus pais (lembrando que os meus não fazem essas coisas).

Minha meta de cumprimento é de 75%. Ainda preciso definir os prazos de cumprimento. Essa parte vai ser difícil.

Monday, January 08, 2007

O Labirinto do Fauno


Mais um daqueles filmes que você olha o cartaz e diz "Esse vai ser meu próximo filme". E por bobeira de minha parte, quase perco a chance de prestigiar um dos melhores filmes que vi neste ano. Não parei pra pensar quais foram os melhores, se bobear, foi o melhor.

Mas como eu acredito que o meio influencia muito, posso dizer que ter assistido no Cine Bombril, que descobri ser o cinema reformado do Conjunto Nacional, ajudou muito. Que lugar agradável. Lógico que encheria de intelectuais e pseudointelectuais nas sessões seguintes, mas mesmo assim, o lugar é uma graça. E o cinema é muito bom, o som, a sala grande, a poltrona grande. Fizeram um ótimo trabalho.

Mas voltando ao filme, esperava algo muito mais fantasioso (será que essa palavra existe?), com mais fadinhas e monstrinhos. Fiquei muito feliz em ter sido surpreendida com cenas mais reais, que me fizeram esconder o rosto entre as mãos diversas vezes. Como adoro a sensação de torcer pelos personagens sem perceber, como se você estivesse no meio de tudo aquilo.

O filme fez meu dia e meu começo de ano mais felizes. Como se nuvenzinhas negras estivessem se dissipando.

Inseguranças

Quero entender por que me falta coragem pra dizer certas coisas. Sabe aquela dificuldade de pedir de volta um dinheiro/livro/cd que você emprestou? De dizer pra alguém que ela está bonita, de dar bom dia pra um desconhecido, de criticar quando é isso que o outro mais precisa? Por que é tão difícil?

Wednesday, January 03, 2007

Obrigada, doutor


Eu até posso ficar doente mais tempo, porque já arranjei o que fazer por uns 3 meses.
PS1: O fundo é Chinatown e não é japa, mas como é tudo a mesma coisa...
PS2: Meu cabelo é mais escuro, mas não consegui achar como eu mudo isso.
PS3: Lógico que eu não sei centralizar, afinal de contas, foi um grande passo descobrir como colocar isso aqui.

Ei! Podem parar de me zoar, por favor?

Depois do Natal parece que a semana não anda no mesmo ritmo das demais do ano. É como uma contagem regressiva, onde não se tem outra coisa na cabeça que não os milhares de litros de cerveja, toneladas de comida deliciosamente gorda, um milhão de fogos de artifícios, aquele sentimentalismo que a gente só vê uma vez por ano. Quem vai se preocupar com projetos para terminar, memoriais descritivos para ler... todo mundo empolgado pro Reveillon!!! E eu não era diferente.

Amiga de Campinas chegando, nem os ônibus em chamas poderiam estragar meus planos de passar um belo fim de semana na praia e um reveillon com novos amigos. Mas algumas forças malígnas conspiraram contra mim.

Umas bactérias chatas teimam em me trazer umas infecções de tempos em tempos. Mas precisava ser no Reveillon?? E precisava dar febre de 40,5 graus? (Febre não mata, de acordo com amigo médico, mas te deixa praticamente como um falecido) E o antibiótico precisava atacar o estômago? E ainda por cima CHUVA????? Tudo bem, ainda consegui passar com amigos novos e grande amiga antiga, teve banda e tudo. É, foi bacana.

Recebi um e-mail de um amigo dizendo que ele esperava que o ano fosse muito bom, afinal de contas, começou super bem, conheceu pessoas legais e até conseguiu fazer o trajeto litoral-SP em 1h12min. Eu espero, de todo e completo coração, que meu ano não seja tão bom quanto meu Reveillon. Espero que toda a piada que fizeram comigo seja suficiente e que o resto do ano seja muito bom!