Tuesday, December 26, 2006

Então é Natal...

Tem como escapar do chavão "eu não gosto de Natal"? Eu mesma penso que isso é coisa de adolescente rebelde. Por que não gostar de Natal? Ganha-se presentes, abraços, as pessoas relevam as coisas ruins, pensam em coisas boas, tem aquelas comidas bacanas, panetone... mas mesmo assim, eu só consigo ver as coisas malas do Natal.

Na verdade, uma única grande coisa me incomoda. E confesso, é coisa de adolescente (acho que não fiz a transição completa entre essa fase e a adulta, fiquei com a parte ruim de cada uma delas). Passar o feriadão com a família. Ter que ouvir meu pai dizendo "como você tá gorda", minha mãe reclamando que meu pai não faz nada, meu irmão sendo grosseiro e mal educado sem querer dividir o suco de laranja (afinal de contas, mamãe comprou pra ele). Soma-se a dois dias de trabalho braçal, de uma média de 10 horas/dia. Não era pra gente descansar no feriado? E ainda levei uma olhada feia quando disse que não iria passar o Reveillon com eles. Piedade!!!

Tenho sérias dúvidas a respeito dessa psicologia infantil que super protege as crianças, mas meu problema de auto-estima com certeza tem raízes na minha casa.

Não consegui assistir os filmes que não passam mais nesta cidade, não consegui comer sashimi, não ganhei presente. Um dos Natais mais deprimentes que eu já tive. O que salvou foi um chopp que consegui tomar com minha amiga, antes de ela partir numa longa viagem, e um grande amigo. Duas pessoas que integram o grupo "os mais importantes da minha vida". Só eles poderiam me salvar.

De volta à cidade maravilhosa, geladeira vazia, quarto de cabeça pra baixo, toneladas de roupas sujas. Alguém poderia me dar uma boa notícia?

Tuesday, December 19, 2006

007 - Cassino Royale

O fim de semana serviu pra tirar o atraso de filmes. Estava devendo alguns, já que minha meta é ver um por semana.
Escolhi Cassino Royale meio com o pé atrás. Confesso, não assisti nenhum outro filme do agente 007, logo, não sei dizer se o Daniel Craig é melhor que o Pierce Brosnan ou que os primeiros. Minha companhia disse que o mais legal é o Sean Conery, mas eu não pude opinar sobre isso.
Não sou muito fã de ação, mas me irrita, e muito, pessoas que vão desavisadas de que aquilo é um filme de ação e movimentos ninjas como o do cara perseguido pelo agente são coisas normais. Não é pra ficar rindo num tom de "até parece que isso é verdade!". Pessoal, vamos ficar quietos no cinema, ok?? Nas piadinhas, pode dar uma risadinha, contanto que ela não se prolongue a ponto de atrapalhar minha concentração nas próximas cenas. Sim, eu sou chata. Fiz até um "shhh" pra minha companhia, que ficou um pouco assustada.
Não gostei de ver a parte onde Bond fica apaixonado. Legal é vê-lo pegando todas!! Mas vê-lo todo atleta, correndo pra lá e pra cá foi bem legal.
Um amigo meu disse que o "novo" agente é feioso, mas eu não achei não. Prefiro este com cara de mau do que o anterior engomadinho. Tudo bem, o 007 tem que ter classe e tal, mas o charme do Craig....
Um filme bacana pra um domingo bacana.

O Ilusionista


Quando eu vi o poster do filme, quis saber quando iria estrear. Um filme com Edward Norton e Paul Giamatti!! A história poderia ser qualquer uma, são atores com poderes de fazer qualquer filme ficar sensacional!
Sim, sou suspeita em dizer que adorei o filme, embora fosse previsível. Minha companhia não achou tão previsível, mas quando o príncipe não mata a mocinha explicitamente, não tem como não imaginar coisas. Aliás, fiquei o filme todo tentando lembrar de onde eu conheço a mocinha Jessica Biel. O Imdb me mostrou que foi de um seriado da Sony, pois eu não vi nenhum dos outros filmes que ela fez. Acho que a menininha que fez o papel dela mais nova, Eleanor Tomlinson) era muito mais expressiva.
Achei linda a conversa dele com Eisenheim, onde ele diz que ele é o filho do açougueiro. E muito engraçada a vontade dele de descobrir o truque da laranjeira.
Edward Norton é indescritível. Não direi que é seu melhor filme, mas quando ele reconheceu Sophie no palco, até arrepiei com os olhares.
Uma boa companhia, um ótimo filme, uma bela sexta-feira.

Total Flex

Um tempo atrás, tinha um carro, que eu não me lembro qual, mas eu lembro do comercial, que mostrava como ponto forte o fato do carro ser total flex "Pra que escolher se você pode ter os dois". Era algo assim. Isso me faz digredir e pensar sobre propagandas que são legais, mas não funcionais, afinal de contas, eu me lembrei da propaganda, mas não do produto que ela tentava vender. Voltando ao assunto total flex e escolhas. Eu quero que a minha vida seja total flex. Não quero ter que escolher entre um e outro. Sim, eu estou bem egoísta. E hoje me chamaram de moderninha. Só não peguei se foi um elogio ou uma crítica...

Monday, December 11, 2006

Bate o sino...

Passo uma semaninha fora e o mundo parece que rodou mais rápido do que eu esperava. Amigos viajando, amigos recomeçando o namoro, amigos largando o emprego, amigos repensando a vida por causa de novos amores. Viagens desmarcadas, viagens em análise e o trabalho que infelizmente não sumiu sozinho e ficou me esperando ansioso. Meu cérebro tem dificuldade pra se adaptar novamente à rotina.

As coisas andam rápidas demais e estou com vontade de me enfiar na bolha de novo. Acho que a vontade enorme de chocolate é o sinal... para aqueles que têm amor à vida: stay away!

Sunday, December 10, 2006

Pé na Jaca

Tenho me esforçado muito pra virar mestre na arte de enfiar o pé na jaca. De vez em quando eu me arrependo. Outras vezes eu só acho que deveria ter colocado um pezinho só e não os dois.

Festinhas de fim de ano. Não sabia que era asim, uma festinha atrás da outra, todas regadas a comes e bebes, música, calor, suor e jacas! Se eu não queimei todo o meu filme nesta última semana, é porque eu sou muito mais legal do que eu imaginava. Reclamar (veementemente) do DJ, derramar cerveja nos outros, dançar funk, deixar meus hóspedes sozinhos em casa, torcer o pé, dormir o sábado inteirinho. Que maravilha de fim de ano. Medo da segunda-feira e dos olhares de repreensão. Sim, eu me importo com o que os outros pensam. Principalmente se eu passo 80% do meutempo útil com eles.

Mas hoje é domingo, um dia nublado ótimo pra praia, de acordo com meu hóspede mineiro. Enquanto os cariocas tiram os moletons do guarda-roupa, estão meus hóspedes se besuntando em bloqueador solar fator 50. E eu me achava bitolada passando o meu sundown fator 15...

Thursday, December 07, 2006

It's so good to be alive

Como era de se esperar, meus pots estão ficando cada vez mais escassos. Se bobear tenho escrito menos do que uma certa amiga cozinheira.

Mas minha ausência se justifica. Uma semana de trabalho fora. 3 dias em Natal, 6 dias em Curitiba. Por enquanto, não tenho me arrependido de ter trocado de trampo. Mas infelizmente, a maior parte do tempo foi trampo mesmo. Mas fui agraceada com um fim de semana num hotel em Curitiba e consegui visitar alguns pontos turísticos e assistir a apresentação das criancinhas que cantam no prédio do HSBC. Foi bem bonito, a iluminação, aquelas criancinhas dançando, as músicas gravadas... mas a tiazona cantando... não sei se é assim todo ano, mas o teatrinho com aquela mulher berrando em tons que só os caninos poderiam entender não foi muito bacana. E definitivamente é uma cidade onde gostaria de morar. Tudo limpo, organizado... se bem que num certo momento eu comecei a ficar com medo, porque parecia um mundo paralelo, sem medigos na rua, gente mijando nos postes. Só que quando o sol se põe... aparecem as prostitutas, os mendigos... achei meio surreal eles sumirem durante o dia e só se mostrarem a noite.

Mas é claro que as coisas não seriam perfeitas. Na minha inocência, imaginei que não passaria perrengue para voltar para esta cidade. Obviamente estava enganada e mais uma vez fiquei plantada no aeroporto esperando o meu vôo. Fazia tempo que eu não ouvia sobre o problema dos controladores e justamente na minha vez, o negócio resolve dar pane. Mais de oito horas no aeroporto, mas eles me ofereceram hotel, condução e refeição. Mesmo dormido 3 horas, já me sentia bem melhor do que no primeiro incidente no aeroporto de Salvador.

Pensei em tanta coisa para escrever, mas já é tarde e como agora eu tenho um ventilador, vou aproveitar para dormir muito bem!

Sunday, November 26, 2006

You make me hot

A cidade começa a mostrar os dentes. Primeiro fim de semana de sol de verdade. Muito sol. 42 graus não é uma temperatura aceitável. Assim a cerveja esquenta muito rápido. Ou você fica muito bêbado por ter tomado a cerveja antes dela esquentar. Lembrei de minha amiga que disse, numa das diversas vezes de reclamação pelo tempo ruim que vinha fazendo aos fins de semana, "você vai se arrepender quando o sol aparecer de verdade". Muito sábia, essa menina...

Quem disse que dá pra dormir quando aquele ar quente fica imóvel, grudado no seu corpo, te impedindo de respirar? Eu que nunca me imaginei dormindo com ar condicionado, hoje tenho claro um sonho de consumo. Olho pela janela e vejo que as folhas da árvore nem se mexem. Já vejo a longa noite que me espera...

Não vejo a hora do meu pobre ventilador chegar...

Wednesday, November 22, 2006

I don't belong here...

Odeio a sensação de não me encaixar em algum lugar ou situação. Uma das coisas que eu acho que faço bem, ou melhor, que melhor aprendi, foi relevar muita coisa para poder curtir o momento, as pessoas, e tentar tirar o melhor proveito das coisas. Lógico que se depois de um tempo eu perceber que não tem como, aí entra pra minha lista de “coisas que eu não gosto” e até viro um pouco xiita pra evitar que volte a acontecer.

Mas e quando você está numa situação que deveria ser ótima, que você geralmente gosta muito e se pega querendo sair correndo? Quando tudo aquilo que você mais preza parece estar tão disforme e você não sabe como tudo pode estar mudando ou se é você que já não é mais o mesmo? Ou pode ser só mais uma mania minha. Lido muito mal com rejeição.

Não consegui felicitar um amigo pelo cumpleaños. Como eu sei que uma hora ou outra ele vai ler isto aqui, este parágrafo será direcionado: Sinta-se apertadamente abraçado e carinhosamente beijado. Fim do parágrafo direcionado.

Wednesday, November 15, 2006

I just want to go home

Durante estes meses de Rio de Janeiro, não foram poucos os momentos que me fizeram querer voltar. Não uma vontade louca a ponto de eu repensar minhas escolhas. Mas aquela vontade que é suficiente pra rolarem umas lagriminhas de saudade.

Hoje recebi um telefonema estranho. Uma música ao fundo, uma barulheira... estava quase desligando quando ouço um "Oi, Laurinha!". Era pra mim mesmo! Tão raro eu receber telefonemas. Um amigo que estava num churrasco, com direito a dupla sertaneja. Ele disse que estava se divertindo muito e que estava tão engraçado que ele teve vontade de me ligar. Lagriminha. Sei que não faz tanto tempo assim que eu saí de perto dos meus amigos, mas parece que faz um século e eu fico imaginando que as pessoas vão se esquecendo de mim, um pouquinho cada dia. Então, cada telefonema, cada e-mail ou "Oi" no MSN me fazem muito bem. Lagriminha todas as vezes que leio um "saudade de você".

Mesmo broncas do tipo "por que você não está escrevendo no seu blog?" fazem me sentir presente, viva, próxima daqueles que me são tão caros.

Essa ressaca tá me deixando mais carente do que o normal!

Bem vindos ao grupo

Ontem foi dia de festa de formatura dos mais novos engenheiros químicos da UFF (Federal Fluminense). Estava curiosa pra saber se as festinhas de formatura daqui são como as de SP. Um monte de gente arrumadinha, tomando cuidado pra não estragar o penteado no começo da festa e no fim, descalços e bêbados. Sim. O jeito de se comemorar a data é similar aos costumes paulistas. Mas continuo achando que os paulistas vão mais além no quesito álcool. Digo em quantidade.

Vi umas garrafas de Black Label circulando. Não tive coragem de beber, pois se a vodcka era Natasha, muito provavelmente o whisky não deveria ser realmente black label. Quem gasta tanto com whisky não iria economizar 10 dinheiros por garrafa de vodcka... fiquei na cerveja, que aliás, é o que eu gosto de verdade.

Comidinhas boas, fartas e um sashimi de carne que eu achei bem bizarro. Eu não tenho muito conhecimento culinário (acho que uma amiga minha pode me ajudar aqui), então não sei se isso existe mesmo ou se a tentativa foi de fazer um carpaccio. Mas definitivamente não era carpaccio, uma vez que tinha um dedo de grossura. Ou talvez um rosbife, mas era cru demais pra ser um rosbife. Como eu gosto de carne crua, pra mim estava bom. Queria saber o que as outras pessoas pensaram estar comendo.

Festa de formatura e casamento são as únicas festas onde eu me arrumo de verdade, com direito a roupa chique, maquiagem pesada. Me divirto com essas arrumações. Mas ainda bem que são duas ou três vezes ao ano, porque eu só tenho uma roupa pra essas ocasiões. Um vestido que eu pessoalmente gosto muito e que me renderam, e vi que ainda me rendem, muitos elogios. Como é um vestido chinês, as pessoas acham super temático e vêm me elogiar. Claro que faz um bem danado pro ego, mas ele deve ser um espanta pretendentes, pois nenhuma das vezes que eu o usei, consegui me dar bem. Tirando a primeira vez que o usei, pois já estava acompanhada (pelo rapaz que me deu o dito cujo).

Fim de festa, tudo que eu não beijei eu bebi, logo saí praticamente rastejando, o que me rendeu um ótimo feriado na cama, rolando de dor de cabeça e leve sensação de estômago querendo livrar-se do meu corpo. Foi mal, fígado.

E sejam bem-vindos ao mundo dos adultos, colegas engenheiros.

Sunday, November 12, 2006

É dia de feira....

Hoje a experiência foi conhecer a feira aqui perto de casa. A primeira coisa que eu avistei foi a barraquinha de pastel e a de flores. Comecei a rir sozinha.

Quando eu era mais novinha, domingo era dia que a gente ia pra feira. Íamos meu irmão, eu e minha mãe. A feira de domingo era um evento. Durante a semana minha mãe ia à feira também, mas a de domingo era especial.

A gente ia de carro, porque essa era um pouco longe de casa. Sair de carro já era uma diversão. Lembro que a gente sempre pedia aqueles suquinhos bizarros que vêm com formato de bichinhos, carrinhos, que olhando hoje, deve ser até meio cancerígeno.... Só que minha mãe congelava e a gente tomava como geladinho (ou sacolé, como eles chamam aqui no Rio). A gente sempre pegava o com formato de arminha pra depois brincar de polícia e bandido. Tá aí mais uma prova de que esse negócio de não poder vender coisas que incitem a violência é furada. Nem eu nem meu irmão fomos para o lado negro da força.

E tinham os peixinhos e as tartaruguinhas que a gente sempre implorava pra minha mãe comprar, mas ela nunca comprava. Dizia que a gente não ia cuidar e tal. E provavelmente não íamos mesmo.

A gente ajudava a minha mãe a carregar o que ela tinha comprado e de prêmio a gente ganhava um pastel com caldo de cana. Meu irmão sempre pedia o de carne e eu o de bauru.

E eu sempre ficava encantada com as flores... queria que minha mãe comprasse todas pra enfeitar a casa, mas ela de vez em quando comprava um vasinho de alguma planta sem flor. Ela dizia que as flores morriam logo. Na verdade, já estavam mortas. Mas eram tão lindas...

E hoje eu fiquei uns bons 3 minutos olhando as flores, lembrei de tudo isso e voltei sem comprar nenhum botão de rosa.

OBS 1: Comprei 1 quilo de manjericão. O que eu vou fazer com 1 quilo de manjericão? Não faço a mínima idéia. Mas era uma senhora tão velhinha, separando os raminhos... acabei comprando o que ela me ofereceu. Minha casa inteira cheira a manjericão. Vou ter que procurar alguma receita que leve manjericão, diferente de pizza marguerita e molho de macarrão....

OBS 2: Aqui, pela ausência de japoneses, eles não vendem as coisas em japonês. Explico: em SP, as feiras são abarrotadas de japoneses, seja vendendo, seja comprando. Sendo assim, quando a gente passa, eles já saem gritando “O hourensou tá ótimo hoje” (hourensou = espinafre japa) ou “Vai maguro?” (maguro = atum). Mas fiquei contente de encontrar chingensai (acelga chinesa), nira (? Uma verdura, acho que não tem tradução), takenoko (broto de bambu). Pena que o preço é mais que o dobro do que em SP...

Saturday, November 11, 2006

Obrigada, LASA!


Tem coisa melhor do que andar displicentemente nas Lojas Americanas a procura de um chocolate e achar um DVD sensacional por 13 dinheiros??? Bom, pensando agora deve ter, mas no momento do acontecimento eu só queria ter alguém do meu lado para poder expressar minha intensa felicidade.

Esse é um dos filmes mais doentes que já vi. Doente foi a definição que uma amiga deu e eu não peguei na hora. Depois que eu assisti, não há outro adjetivo.

Ainda consegui comprar BIS numa promoção relâmpago por 1,99 dinheiros! Programão pro meu fim de semana, chocolate e muitos filmes! ÊBA!!!

Volver

Sabadão nublado, nada melhor que ir ao cinema, ver um filme bacana. Meio mundo pensou a mesma coisa e quis ver o mesmo filme que eu. Engraçado que eu sempre vou ao cinema de sábado, neste mesmo horário e nunca esteve cheio assim. Sr. Almodovar tem um público de respeito. Já nem pode mais ser considerado alternativo! Dirijo-me à outro cinema. Um dos pontos positivos de se morar na cidade grande: muitos cinemas, um do lado do outro.

Mas como tem pessoas idosas nessa cidade... dezenas, centenas de velhinhas em grupos imensos dirigindo-se para as salas. Elas andam tão devagarzinho, né? E usam um perfume tão forte... mas até que combinou com o filme. Cores fortes, história forte, perfume forte.

Queria ser como meu amigo, escrever resenhas e críticas elaboradas, mas não fui abençoada com o dom da palavra. Só sei dizer se gostei ou não. E desse eu gostei muito. Achei mais leve do que Fale com Ela, mais linear que Tudo sobre minha mãe. Lembrei que um amigo meu se recusa a assistir Almodovar porque sempre tem homossexualismo (sim, tenho amigos homofóbicos). Nesse não. E a Penelope Cruz está fantástica. Acho que ela só deveria fazer filmes na lingua dela. Ela fica tão forte. E que mulher linda... tá no meu top ten!

Gosto de filmes que te fazem sentir que o tempo não passou. Aquela vontade de quero mais e que te faz passar na locadora pra assistir mais uns dois filmes. E foi o que eu fiz. Os escolhidos foram "Antes do Por do Sol" e "Coisas de Família". Espero que eles façam minha noite de sábado valer a pena. De nada, fígado!

Thursday, November 09, 2006

Is anybody in there?

Muito tempo longe. O bom filho à casa torna. Amiguinhos que só sabem de mim por este blog, saibam que não morri e nem arranjei um milhão de amigos pra me tirar de casa. Mas não nego que pessoas apareceram em minha vida e eu espero que fiquem.

Ao longo desta semana tive vontade de escrever em alguns momentos únicos. Alguns que eu espero serem únicos mesmo, que não se repitam nunca mais!

Crise dos aeroportos - Não sei que fim teve essa história, mas posso dizer que estive bem por dentro do caos. Gringos desesperados, passageiros descontrolados, crianças correndo pra lá e pra cá (queria ser uma delas...), pessoas de terno dormindo no chão, os donos das lanchonetes com o sorriso de orelha a orelha e uma mensagem que se repetia "O vôo XXXX já se encontra em solo. Não há previsão de embarque.". E a galera vai ao delírio!!!! E era pra ser uma viagem tão bacana... Aracaju, hotel na beira da praia... sim, trabalho, mas com todo um visual que nem parece trabalho.... reuniões regadas à água de coco, pessoas divertidas. E as pessoas ainda perguntam se eu tô gostando do trampo...

Família... Família.... - feriadão que prometia ser aquele fardo, com direito a brigas, ofensas, típicas de uma família normal. Mas algo de estranho anda acontecendo. Um ar pesado sobre rostos sorridentes. O esforço pra esconder a sujeira embaixo do tapete me cansa....

Cansaço... essa é palavra da vez

Sunday, October 29, 2006

Deu a Louca na Chapeuzinho


Sempre fui apaixonada por animações/desenhos (é, eu não sou xiita e não fico brava quando as pessoas falam desenho. Aliás, não entendo direito porque algumas pessoas se ofendem quando a gente chama tênis de mesa de ping-pong, animação de desenho...).

O que me fascina é que os desenhos não tem obrigação de seguir a realidade, pode estrapolar sem ter neguinho fazendo comentários do tipo "Ah, vá... ninguém luta desse jeito! Olha lá, ele tá voando!" ou "Ele leva um milhões de tiros e não morre?". Aí se o cara é bom, ele consegue criar cada personagem que dá vontade de chorar. Não, não é bem o caso deste filme. Então, vamos às críticas.

O filme é mais infantil do que eu esperava. Eu não tenho nada contra infantis. A questão é a expectativa. Esperava uma paródia mais sarcástica, embora a caracterização do vilão como grande empresário, com todas aquelas frases feitas que me eram tão rotineiras, tenha ficado muito boa.

Sendo assim, voto no Lobo como personagem mais divertido. Jeitão emburrado com a vida, não consigo lembrar um personagem de outro filme com quem ele se parece, mas ele lembra algum. Ou alguns.

Já a Chapeuzinho, adolescente em crise. Isso é chato de qualquer jeito, seja em filme, novela, desenho.

Destaque para o Bode Tirolês. Esse me fez rir. E querer assistir o legendado.

Um filme bacana. Mas não entra na categoria "assisto de novo se algum outro amigo ainda não tiver visto".

Saturday, October 28, 2006

Espontaneidades da vida

Muitos dinheiros mais pobre, leve ressaca, seis da manhã. Isso é hora de acordar num sábado? Acontece. Não consigo mais dormir. Verão chegando, dia claro. Será que dá praia? Sol, algumas nuvens. Para o bem dos cariocas, digam a todos que fico em casa. Murphy tem me acompanhado muito de perto.

Ligo o rádio. Beautifull Day. Será um sinal? Teria acreditado se não fosse uma britadeira de uma obra na rua da frente abafando o som.

Telefone toca. Sair. Ótimo. Pra onde? Não sei. Com quem? Não conheço. Criando coragem. Passeio no Largo do Machado. Jóia. Região do Catete. Fantástico. Chopp. Sempre bom. Conversa. As horas têm mesmo que passar? Despedida. Como não criar expectativas? Não devo. Mas como? Será que o telefone toca de novo? Vou fingir que não estou nem aí. Com que música eu acordo amanhã?

Tuesday, October 24, 2006

Sobre as surpresas da vida

Terça-feira. Ninguém espera nada de uma terça-feira. Não dizem que melhor ser odiado que esquecido? A segunda é um dia que todo mundo odeia. A quarta já é quase fim de semana, um marco do meio da semana. Quinta, para os mais animados, grupo ao qual, modestamente me incluo, já é dia de festa. Sexta e sábado são unanimidades e Domingo é um dia controverso, pq é fim de semana, mas é chatão pq é véspera de segunda. Logo, terça é um dia sem definição. Esquecido.

E tem dia melhor pra se acontecer coisa boa? "As coisas acontecem quando se menos espera". Terça é o dia ideal pra isso. Cerveja com novos amigos. E quem disse que o Orkut é perda de tempo? (eu mesma disse algumas vezes) E quem disse que é ruim ser confundida com outras japas? (eu também já disse isso) São nessas besteiras da vida que surgem situações e momentos indescritíveis que podem ser contadas para os amigos quando eles te perguntam "mas e aí, o que conta de novidade?" ou "tá gostando do Rio?".

Engraçado que minha felicidade de hoje não foi proporcionada por cariocas. Bem, um deles pode até ser chamado de carioca por uso capião. Mas isso é o de menos. Prefiro acreditar que isso não aconteceria em outro lugar. Nem com outras pessoas. É um momento meu. Incomparável.

Só espero que não seja passageiro e superficial como a maioria dos relacionamentos cariocas "Liga pra mim" ou "passa lá em casa" sem passar o número do telefone ou o endereço...

Como pode alguém ser parecido com o Rafa da MTV, Noel Gallagher e John Lenon, sendo que eles não se parecem entre si?

"Engenheira Química? Você deve ser muito inteligente". Ligando o SAP: "Nerd pra cacete...." Devia estar acostumada.

Sunday, October 22, 2006

Não peça Vodcka

Por que a gente não aprende e cumpre as coisas? Quando a gente diz "não bebo assim nunca mais..." é pra cumprir! Mas por um lado, isso é muito bom, pois mostra que o ser humano tem uma impressionante capacidade de se esquecer rapidamente das coisas ruins. E uma força de vontade que vai daqui até ali, no meu caso.

O caminho todo, fui treinando mentalmente "Não peça vodcka, não peça vodcka". Mas depois de ver o preço da lata da cerveja (sete dinheiros), não teve como "Uma caipivodcka, limão, dá uma garibada na álcool".

Não deu outra. Cartão bloqueado por senha inválida, longa caminhada sozinha pelas ruas do Rio em busca de um táxi (provavelmente deveria ter um bem na frente da balada, mas vai entender bêbado...), pão de queijo em posto de conveniência (lembrei do pessoal do ex-trampo...), leve dor de cabeça, enjôo e sede. Muita sede. Abençoado seja o Gatorade.

Balanço geral do fim de semana: Insatisfatório. Balada bizarra com pessoas se engalfinhando pra entrar num lugar onde as pessoas não dançam, ficam andando pra lá e pra cá, se exibindo. Mulher demais dá nisso. DJ fraquinho. Bebidas caras. Domingo pegadinha. Amanhece com sol, coloco a roupa de banho. Praia finalmente, depois de meses sem sol. Depois de 30 minutos de metrô, eis que coloco o pé para fora e as nuvens se formam. Começa a chover. Sim, sou uma pessoa muito pé-frio. Os cariocas deveriam fazer uma vaquinha para eu voltar com mais freqüência pra São Paulo pra eles poderem ter um pouco de sol no fim de semana.

Acho que o grande problema é a expectativa. Esse fim de semana tinha que ser bom. Precisava ser bom. Assim como você vai a um filme esperando ser o melhor filme da sua vida, chega com uma hora de antecedência pra não perder nenhum pedacinho, compra até a pipoca e o filme não é lá essas coisas. A frustração é tão grande que você não consegue fazer uma análise crítica imparcial. Se te perguntarem, o filme foi uma merda. Lógico que o inverso também acontece. Daqui pra frente, sem expectativas. Como se fosse fácil. A gente sempre esquece do que promete.

Saturday, October 21, 2006

Sexo, Orégano e Rock and Roll

Depois de me cadastrar em um monte de promoções da Petrobras para ganhar um ingresso infrutiferamente, resolvi assisitir o filme como pagante mesmo. E tenho que aproveitar que a mãe Unicamp me presenteou com uma carteirinha que tem validade até 2008! Tenho que aproveitar bem!

Primeiro um curta muito interessante. Muito bem feitinho. Que eu não assistiria com a minha mãe. "Deu no Jornal" tem um título que depois se mostra literal. Animação com desenhos sobre anúncios de acompanhantes no jornal. Desenho de mulheres que se alternam, em poses sensuais e explícitas, acompanhados de gemidos como trilha sonora. Acho que há um cara falando algo por trás, mas engraçado como não dá pra se concentrar com uma pessoa gemendo paralelamente. Um final muito bacana.

O filme. Um grupo de hippies no mundo atual, tentando manter o mesmo ritmo e ideologias da época do Flower Power (adorei este termo). Uma seqüência de piadinhas, mas que a uma certa altura começa a cansar. Deve ser por isso que as tirinhas são legais. Curtas. Diretas. Não saí com dor na barriga de tanto rir, mas valeu a pena. O Tom Zé como Raul Seixas é muito bom. A trilha sonora também é bacana, a música do paranormal é hilária. O Elton John... ri demais.

Mas definitivamente preciso encontrar uma companhia para cinema. Mas uma boa companhia. Que assista "Deu a Louca na Chapeuzinho" com a mesma empolgação pra assistir "Volver". Mas que entenda que "Serpentes a Bordo" não merece meus sete dinheiros.

Tuesday, October 17, 2006

Perdidinha

Hoje reparei como ainda estou perdida nesta cidade. Depois de um feriado prolongado, nada mais comum do que as pessoas fazerem a famosa pergunta "E aí, como foi o feriado?". Resposta "Bem". Ninguém pra contar os detalhes, pra pedir conselho. Estou me sentindo muito retórica. Mas provavelmente se alguém me perguntasse mais ou se percebesse que há uma incrível nuvem negra na minha cabeça, eu não gostaria, porque eu simplesmente não quero conversar com ninguém que esteja perto de mim. É a falta desse tipo de pessoa que me incomoda.

Nada mais natural que escorrer uma lagriminha quando um amigo te liga de outro Estado pra saber se está tudo bem. Não, não está. Como é bom poder falar e saber que ele vai te escutar. Mas escutar de verdade. Não, meu problema não está resolvido. Mas fico feliz por poder dividir um pouco da minha tristeza. Pouco egoísta e egocêntrica?

Mas acho que agora eu só quero uma bolha bem grandona, um livro qualquer e que o despertador não toque amanhã.

Monday, October 16, 2006

Rapidinha

Segunda... muito tarde... muito tempo sem escrever, tanto pra dizer.

Impressionante como uma única coisa ruim acaba com um montão de coisas boas. Rever amigos que há anos não via, ouvir um "você faz muita falta", jogar video-game como se o tempo tivesse parado. Tanta coisa legal. Daria pra escrever um monte de coisas pra explicar cada momento, cada sentimento. Mas estou tão cansada...

Acho que preciso de muitos cds com músicas alegres. E um botão bem grande de "Foda-se".

Sunday, October 08, 2006

Ô, Loco...

Bem feito pra mim. Isso que dá passar o domingo em casa! É pra eu aprender! Mesmo que esteja um dia terrível, que aquela ressaca não deixe seu corpo, não fique em casa num domingo. Ou melhor, não ligue a TV. Difícil quando a porcaria da internet não funciona.

Até que começou bem, assisti Toy Story 2. Adoro desenho! Chorei, pra variar. Não lembro se chorei da vez que assisti no cinema. Mas aqueles brinquedinhos lindos falando de amizade, não tinha como não chorar. Pegaram meu ponto fraco, hein, Sr. Buzz Lightyear e Woody! Safadinhos...

Mas continuei sem mexer no controle remoto. Grande erro. Começou o Faustão. Fazia tempo que não assistia. Fiquei reparando no rosto dele e me impressionei, pois nunca olhei para o rosto dele. Depois de tantos domingos, era como se eu nunca o tivesse visto. Acho que se ele passasse do meu lado, eu não o reconheceria. Acho que reconheceria sim, ele é muito grande. Será que eu faço isso com muita gente? Ou só com as pessoas com quem não me importo? Tenho que ser menos desligada...

E não me lembrava de como ele é um mau improvisador. Era um tal quadro novo onde as crianças seriam ouvidas. Pois elas são o futuro da nação. Então, obviamente, temos que ouvi-las, pois elas nos salvarão. Para eles deve fazer todo sentido do mundo. Eis que o Sr. Silva começa a enrolar para explicar o que eu expliquei neste parágrafo. Como é irritante uma pessoa enchendo lingüiça. Não sei se é por que sou engenheira, mas gosto das coisas muito práticas. Se a pessoa começa a falar muito, acho que ela está tentando me enganar. Pois bem, depois de falar por longos 5 minutos, eis que começa o tão esperado quadro das crianças que serão ouvidas. Um longo estudo e pesquisa com crianças foi feito em 5 meses para saber o que elas pensam. Sobre o quê? Sobre tudo, geralzão mesmo. Sobre família, sobre o que elas gostam de fazer, sobre a política nacional, sobre o pesado fardo de elas terem de ser os salvadores da pátria. De quem foi a idéia de girico de criar um quadro desses!!!! Leave the kids alone!!! Deixem-nas gostar de bonecas, carrinho, pega-pega, esconde-esconde, chocolate antes do almoço!! Deixem o problema delas ser ter de comer brócolis ou recuperar aquela bolinha de gude animal que o vizinho ganhou! Por que as crianças de hoje tem que responder perguntas do tipo “O que você acha sobre Família?”?? Elas têm que responder “Eu gosto da minha mãe e do meu pai, mas briguei com meu irmão e estou de mal”!!! Por que elas têm que saber explicar o sentimento humano?? Por que antecipar uma coisa que quando ela for adulta já vai fazê-la sofrer mais do que o suficiente?

Mas que fique claro, não estou dizendo que as crianças têm de ser tratadas como imbecis. Se os pais estão se separando, não adianta falar que o papai foi comprar cigarro. Acho que elas perceberiam que ele não vai mais pra casa. O que eu quero dizer é que excesso de informação também é prejudicial! Tem coisa mais bizarra do que uma criança de 7 anos ter que falar como um adulto de 30, com toda aquela experiência de vida? E a mãe fica orgulhosa! Olha meu filho, que inteligente... É essa pressão toda que faz as crianças se matarem no Japão! Daqui a pouco, essa moda pega por aqui.

E eu passaria a tarde toda falando dessas porcarias que eles empurram goela abaixo e fazem as crianças parecerem pequenos vândalos e biscatinhas. Acho que já discuti isso com algum amigo meu... não estou recordada... bom, mas alguém levantou o ponto de que na verdade, o erotismo, essa preocupação com as crianças estarem banalizando o sexo, está na cabeça dos adultos. Que as crianças se vestem desse jeito porque acham legal e é só isso. Eles não enxergam a maldade. Será? Essa seria uma boa pergunta pra uma criança. Será que nenhuma mãe se preocupou em perguntar essas coisas pra filha quando ela dança com a Kelly Key cantando Baba, Baby? Ou quando ela quer andar de barriga de fora, mesmo estando um frio do cão? Ou usando aquelas sainhas de colegial? Confesso que fico deprimida quando vou trabalhar com meu pai (ele tem uma loja de bugigangas) e quando uma criança pode escolher um presente e ao invés de pegar um joguinho, uma boneca, ela pega uma caixinha de maquiagem. Tudo bem, é uma época diferente, mas será que estamos indo pro caminho certo? Tem um caminho certo? A gente tem que ficar passivo olhando pra isso?

Pra parar de sofrer, eu desligo a televisão. Ufa... problema resolvido.

Saturday, October 07, 2006

Me veja algo forte....

Foi assim o começo da minha noite. Uma noite curta, mas interessante.

Na verdade, o começo não foi esse. Tudo se iniciou num bar com alguns chopps. Adoro sexta-feira. É o dia onde eu consigo companhia para minhas aventuras. E tinha uma banda muito bacana tocando no bar ao lado. Pearl Jam, Smiths, IRA, REM. Um ótimo repertório. Da próxima vez vou beber no bar que pagou o cachê deles.

Conversas. Reparei que depois de alguns poucos chopps, sexo sempre vira o assunto. E com pessoas legais, o assunto rende de maneira agradável, sem baixarias, chegando até a assuntos complexos como comportamento humano. Gosto de conversas "cabeça". Mas também gosto de uma baixaria e por isso, a noite não acabou por aí.

Depois de tentar conhecer outros lugares (QG Music Hall - Não recomendo. Lugar vazio, visitado por pessoas mais idosas e o dono do lugar se veste como o Sidney Magal e tem a cara do Roberto Carlos), voltamos ao já conhecido Pampa Grill. O nome engana. De dia é um restaurante (acho que deu pra perceber) que me disseram ser caríssimo, e de noite é o point da galera. No andar de cima as músicas que tocam na rádio e aquele monte de funk, normal em qualquer balada por aqui, e no andar de baixo, flash back e trash. Flash back é legal que dá pra excluir aqueles com menos de 20 anos. Se ele cantarola a música e sorri a toa, é porque ele tem a mesma faixa etária que você! Mas sinceramente esse negócio de trash já deu o que tinha que dar... foi engraçado no começo, mas já cansei de Xuxa e trem da alegria. E na verdade, essa de ouvir música da infância na balada foi idéia de um grande amigo! Ele devia ter patenteado e poderia estar com muito dinheiro no bolso.

E no auge da pão durisse (que nem é tão inexplicável, num lugar onde a long neck custa 5 dinheiros), eis que encontro um garçom muito simpático a quem pergunto como consigo uma caipirinha ou algo mais barato e forte. Ele me diz que a caipirinha derruba neguinho e é essa mesma que eu peço. E peço pra ele dar uma garibada na vodcka. Por 8 dinheiros e meio, acho que vale a pena. Pela dor de cabeça que sinto hoje, acho que ele atendeu meu pedido. Embora na saída o mesmo garçom tenha achado estranho eu ainda estar de pé.

E eu descobri que tenho um ímã para pessoas comprometidas. E infiéis. Um dia ainda levo uma porrada de alguma namorada/noiva/esposa ciumenta. O bom é que depois que eu descubro que o fulano tem coleira, eu não preciso ficar com peso na consciência de não lembrar o nome dele.

E sair da balada com chuva até que é bom. Se você não estiver usando salto. Aí não é legal. O bom de usar salto é que quando você tira, a satisfação é quase sexual. Andar na rua descalça, no meio da chuva é legal. Mas tomara que eu não pegue leptospirose.

Thursday, October 05, 2006

Zona de conforto

A mãe da minha grande amiga leu um livro e nos disse que pra conseguir progredir na vida, temos que ter menos medo. E que pra ir perdendo o medo, a gente precis fazer um exercício diário de deixar a sua zona de conforto e se aventurar. É como ter coragem de levantar a mão no meio da aula e dizer que não está entendendo lhufas, pedir um mês de férias para o chefe, pedir pras pessoas não jogarem no chão o papel que pegam na rua, dar esporro na tiazinha que lava a calçada todo dia....

Meus desafios estão concentrados em conhecer mais gente. Ontem eu fiz minha parte. Tive a coragem de mandar um bilhetinho para um mocinho que havia chamado minha atenção. Mas foi até aí, porque a coragem acabou na hora que eu pedi pro garçom entregar o bendito e saí correndo. Ele até me ligou logo em seguida, mas acho que a curiosidade dele não foi muito longe, porque ele não ligou de novo. Mais um black pra coleção. Triste quando você começa a se acostumar com isso.

E hoje uma coisa muito boa aconteceu, que por uma dessas piadas da vida, me fizeram pensar mais do que eu queria. Minha amiga (ela é muito citada aqui e nem lê o que eu escrevo) conseguiu uma bolsa e vai pra Alemanha!!!!!!! ÊÊÊÊÊ!!!!!!!! Ando tão sensível que chorei no meio do trabalho quando recebi o recado. Não sabia nem o que dizer, minha vontade era de pegar um vôo naquele instante e dar um abraço imenso nela. Aí eu fiquei triste de novo! Eu não sei se já escrevi, mas sou extremamente ciumenta com meus amigos. Fiquei imaginando que um monte e amigos dela deram esse abraço e eu não estava lá pra ser a primeira a dar os parabéns e a lista de presentinhos que ela vai ter que trazer. Fiquei com raiva de todos os outros amigos dela!

E lógico que eu fiquei com uma saudade desgramada de todos meus amigos, uma vez que eu queria contar a novidade pra todo mundo, mas ninguém ao meu redor ia querer saber! Queria abraçar alguém, mas também não cheguei nesse nível de intimidade com a galera. Fiquei triste por ainda não ter pessoas com esse nível de intimidade. Até dos abraços de quebrar a costela que um amigo me dava eu sinto falta.

Monday, October 02, 2006

Sem tomates nem ovos

Eu já sabia que isso ia acontecer. Quando me disseram que Frank Aguiar, Clodovil e Maluf estavam na parada, já sabia que eles seriam eleitos. Mas quando o fato se consuma, dá vergonha de fazer parte desta palhaçada.

Mas uma coisa curiosa passou pela minha cabeça. Ninguém do meu círculo social, que modéstia a parte não é pequeno, votaria neles. Mesmo sabendo que o país é cheio de diferenças, que o Brasil é imenso, é estranho ver que eu vivo num mundo a parte. Um lado de mim ficou feliz por eu estar rodeada de pessoas capazes de discernir um político e um cantor de forró. Mas o outro lado ficou muito triste por saber que, comprovadamente, a maioria do restante do mundo é estúpido o suficiente para escolher essas pessoas como representantes. Triste saber que eu estou tão distante do mundo.

E em entrevista ao Jornal Nacional, o mais novo deputado de São Paulo responde à pergunta: "Que tipos de projeto o senhor vai propor?" "Ah... não sei... não sei nem se existe política". Mas não hesitou em dizer que entraria chiquérrimo no Congresso. Por favor, digam-me que as pessoas que votaram nele e viram essa entrevista ficaram arrependidos, pelo menos...

Saturday, September 30, 2006

Pessoas

Esta semana foi cheia de emoções no trabalho. Pessoas saindo pra trabalhar em outros lugares, pessoas saindo de férias para casar, pessoas anunciando casamento, promoções... E percebi que cada um destes eventos me emocionou muito. Mais do que eu poderia imaginar, afinal de contas, são só 4 meses de convivência com este pessoal.

Não posso dizer que amo todos aqui, como eu diria sem hesitar sobre o pessoal de São Paulo. A lagriminha que rolou quando recebi o e-mail sobre o noivado de amigos muito importantes lá de Americana era indubitavelmente de felicidade, por amar intensamente estes amigos. Lagriminha que rola por reforçar um acordo antigo, conversando sobre vida amorosa (ou a ausência dela). Isso eu não questiono que seja amor em sua forma mais bonita.

Mas por que são as lágrimas quando deveria estar feliz por uma nova amiga ir trabalhar num lugar melhor? Por que as lágrimas que até me impedem de desejar o máximo de felicidade para uma nova amiga que se casa daqui a duas semanas? Por que o frio na barriga quando ela fala sobre os preparativos?

Descobri que me apego muito fácil. Não posso dizer que é amor, mas já tenho um carinho muito grande pelas pessoas com quem passo 70% do meu tempo útil.

Não sei se isso é bom ou ruim. Só sei que já consigo me emocionar com todas minhas células por causa dessas pessoas. Tomara que eu não quebre a cara.

Lerê

Sábadão, 7 da manhã. Ótimo horário pra se acordar quando se tem praia por perto. Dá pa pegar aquele solzinho saudável, converter a Pró-vitamina D em Vitamina D de verdade... claro se o mundo não conspirasse e fizesse chover. Eu já estou pensando em apelar pra algum desses santos pra me ajudar a pegar uma cor nessa cidade, porque por enquanto eu só estou com o rosto queimado da luz do meu computador, tanto do trampo quanto deste que me permite externar a decepção que me acomete.

Mas acho que foi proposital, eles devem estar tentando me dizer "Pare de pensar em sair e lave suas roupas!" ou "Ainda bem que você vai ficar em casa, agora você pode começar a faxina pela cozinha, que está uma lástima! Dá uma olhada no seu banheiro!". Teremos um dia de Ofélia hoje. Tinha pensado em aproveitar a manhã para dar uma garibada no guarda-roupa, comprar mais algumas peças para o calor escaldante que eu sei que chegará em breve, mas uma rápida passada no site do banco me fez mudar de idéia. E contar os segundos para chegar o bendito quinto dia útil. A última semana do mês é deprimente! Nem ao cinema eu conseguirei ir! Pra onde vai esse dinheiro??? Cadê a fortuna que me prometeram quando eu estudava horas a fio pra virar engenheira??? Ninguém me falou em passar perrengue e ter que comer miojo por 5 dias!!

Tuesday, September 26, 2006

Senta que lá vem história....

Depois de muitos dias sem postar, segue um relato com detalhes dos dias que passei em minha terra Natal!

1) Carteira de Habilitação: Definitivamente eu não gosto de dirigir, por tudo que está envolvido. Tive que desembolsar 30 dinheiros pra pegar uma carteira que diz exatamente a mesma coisa que a outra e descobri que vou ter que desembolsar 80 dinheiros ano que vem (no mês do meu aniversário, como um presentinho) porque vai vencer o meu exame médico. Pelo menos eu não vou precisar fazer prova. Vão ser só algumas perguntas do tipo "Você tem alguma doença cardíaca?" "Qual é a cor deste painel?" "Consegue enxergar aquele quadro com letras garrafais?" "Agora fique em pé e faça o quatro. Ande em linha reta" "Muito bem, pague 80 dinheiros". E eu estou prestes a vender meu carro, logo, a carteira se limitará a um documento qualquer.

2) Doar sangue: Não rolou. Estava toda feliz porque teria companhia e seria numa clínica que eu conheço. Onde eles não me descriminam se eu não sou virgem ou se não sou uma mal amada. Onde o lanchinho é sensacional e a tiazinha até conhece a gente. Vou ter que me aventurar mais uma vez nesta cidade e descobrir um lugar aconchegante para enfiarem um agulha do tamanho de uma caneta BIC em meu bracinho indefeso.

3) CREA: Finalmente tenho em mãos mais um documento. Só que esse dá até orgulho. Só fiquei com medo porque do meu lado tinha um rapaz que estava entregando uns documentos, acho que pra tirar alguma coisa que certificasse o curso técnico dele. Quando a mocinha perguntou se ele tinha e-mail ele respondeu "no momento não" num tom evidente de ignorância sobre o que é um e-mail. A mesma sensação que eu tive quando a mocinha do supermercado me perguntou qual era o nome disso, apontando pra berinjela.

4) O Show: Fui esperando algo similar ao último show em Campinas. Levei um tapa na cara. Tudo diferente. Público mais animado, Los Hermanos mais animado (principalmente o Amarante, que teve direito até de momento Pop Star de se jogar sobre a multidão), pessoas se empurrando, falta de ar, falta de cerveja, filas incomensuráveis no banheiro, pisões no pé, cabelos em cabeças que insistiam em balançar freneticamente na sua cara, cotoveladas em ossinhos e músculos que eu nem sabia que estavam lá, pulos involuntários (ou você vai com a massa ou você morre), visão bem reduzida do palco. O que foi que aconteceu nestes últimos anos?? De onde surgiram tantos fãs? Tudo bem que tinha uma galera bem perdida por lá, inclusive um cara enorme, tanto em comprimento quanto em largura, mas daquele tipo rato de academia. Só conhecia as músicas do rádio (e bem malemá) e quando começava a tocar alguma música mais agitadinha, ele abria um sorriso e começava a empurrar a galera como se estivesse num show de metal. Como aquelas rodinhas que se abrem e me fizeram lembrar Rock'n Rio. Medo. E não tinha meus amigos pra me defender. Eu estava perdida no meio da galera. Com muita sorte, consegui me desvencilhar e chegar até um local seguro. Mas mesmo com tudo isso, foi sensacional.

5) Amigos: Por causa deles voltei vazia para o Rio. Não consegui falar direito com ninguém! Deixei de encontrar um monte de gente. Isso me fez decidir voltar só pra ver meus amigos, sem avisar papai e mamãe.

6) Papai e Mamãe: Impressionante como nas primeiras horas dá aquela sensação de segurança e que depois dessas horas você não vê a hora de ir embora. Tanta discussão, tantas ofensas... fico imaginando como viver assim com alguém. Fico imaginando se a vida deles é tão infeliz quanto parece. E fico pensando se tem como eu ajudar a mudar. Ou se eu quero fazer alguma coisa. Sempre fui desapegada, por isso hoje tenho dificuldade em dizer o que penso ou o que sinto em relação a eles. Mesmo um abraço não é algo natural. Mas quando vou embora, fico com saudade e preocupada. Queria muito que eles fossem mais felizes. Queria ser uma filha melhor.

7) Ex-namorado: Ele merece um tópico só pra ele pelo monte de coisa que ele me fez pensar. Conseguimos chegar num nível de confidentes de outros relacionamentos, mas acho que fiz algo muito ruim. Acho que zombei demais de um evento (que é engraçado de verdade) com a última namorada dele. Acho que tinha um fundo de vingança "Tá vendo o que você foi arranjar?". Sou uma pessoa rancorosa e posso desculpar, mas não esquecer. Mas depois fiquei pensando que o evento pode ter sido triste ou traumatizante. Espero não ter exagerado. E ter reencontrado meu ex foi uma coisa muito boa. Vi que gosto muito dele e que não me arrependo de nenhum instante que passamos juntos. Bom poder conversar normalmente com a pessoa que foi a mais importante da minha vida, que me proporcionou os momentos mais felizes.

8) Paulista: Ah... como eu adoro aquele lugar. Das pedrinhas pintadas da calçada, da multidão no Stand Center, da feira "alternativa" do shopping 3... me faz lembrar bons tempos. Velhos e bons amigos.

Friday, September 22, 2006

So good to be back!

Postando diretamente de minha tão querida casa campineira!! Toda vez que eu vnho pra cá me sinto muito bem. Como se estivesse voltando de longa viagem. Acho que é uma das provas de que ainda não estou totalmente à vontade em minha nova cidade.

Já tomei café com minha "esposa", já fui pegar minha carteira de motorista permanente (!!!), já fui pegar meu CREA (agora sim sou mais um numerozinho!), já me perdi pelas ruas movimentadas de Campinas, dirigindo com carteira vencida... depois do acidente que matou 5 crianças lá no Rio, a polícia tá dando uma geral nos Orkuts pra pegar marginais. Será que eles vão ler meu blog e me multar? haha Tem coisa mais estúpida que esse negócio de carteira vencida? Pedi pra moça me dar um protocolo ou alguma coisa pra eu poder dirigir enquanto a bendita não fica pronta e obviamente isto não é possível. Já paguei os benditos 23 merréis e mesmo assim ainda posso ser multada se um sr. guarda me parar na rua!

Agora só na expectativa do show mais esperado do mês! Vamos ter que dar uma de cambista pr vender uns ingressos, mas beleza! Eu sei é um doce te amar, o amargo é querer te pra mim! Por que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê eu já não sei mais!!!

Queria que esse dia tivesse umas 50 horas pra eu poder ver e ficar com todo mundo!!!!

Monday, September 18, 2006

Felicidade!!

Encontro-me num estado fora do comum de felicidade!! Nem a ausência de comida na casa e a fome que me acomete conseguem tirar meu bom humor!! E isso só por falar com amigos!!! É tão bom ter o que contar!! Ter pra quem contar!!

E posso dizer que fiquei feliz quando as pessoas perguntaram por que eu não estava mais postando. Bom saber que as pessoas estão acompanhando minhas aventuras nesta cidade muito menos amedrontadora!

Só não quero acordar

Engraçada a sensação que fica toda vez que gente vai embora de algum lugar no qual você está se divertindo. Uma mistura de felicidade por ter tido momentos tão agradáveis e um vazio muito grande, parecendo que vai levar muito tempo pra ter de novo dias como esses.

Dois dias em Angra e o fim de semana em Ilha Grande. Nem a chuva foi capaz de estragar essa semana.

A expectativa em relação ao hotel foi muito grande e quando isso acontece, geralmente vem a decepção. Obviamente não era um albergue. Quartos grandes, confortáveis, mas a propaganda foi maior do que o apresentado. Mesmo assim, muito melhor do que meus lençóis, meu banheiro, minha comida. E de frente para a piscina e para uma praia muito bonita. Mas o excesso de iates e meios de locomoção marítimos, pertencentes à uma gama de pessoas que não fazem parte de meu convívio social, fazem com que óleo fique boiando numa água límpida.

Depois de horas de palestra sobre o cliente ter sempre razão (onde muitos de meus colegas não saíram convencidos), uma palhinha das paulistas (incluído esta que escreve) no palco, cantando música sertaneja. Mico. Mas fico feliz por em 3 meses de existência na empresa, muita gente que eu não imagino quem seja saiba meu nome. Estou me esforçando para decorar o nome de todo mundo, porque é péssimo receber um “Oi, Laura” e você só responder um “Oi.....”.

E o fim de semana só não foi melhor por causa da chuva. Lagoa Azul, Lagoa Verde, peixinhos, estrelas do mar, cavalos marinhos, corais.... dá vontade de largar tudo e viver de luz. A chuva no domingo nos fez voltar mais cedo, mas sem tristeza. Afinal de contas, isso me obriga a voltar para conhecer tudo que ficou faltando.

E ficam amigos novos, revelações de lado negro (meu terrível mau humor quando estou com fome....) e aquela vontade tendendo a menos infinito de voltar ao trabalho amanhã... Mas o fim de semana promete...

Monday, September 11, 2006

Aqueles probleminhas domésticos

Hoje eu descobri que minha casa é levemente inclinada para parte da frente do prédio. Uma coisa muito sutil, que você só consegue descobrir quando você não tem um box ou cortina no seu chuveiro. Aí, a água domina o banheiro todo e quando o ralo não funciona do jeito que tem que ser, a água acumula e começa a se aventurar por cômodos que não lhe pertencem e que são levemente inclinados para a parte da frente do prédio. Como o meu quarto, por exemplo. Aí, a diversão que era acordar numa segunda-feira às 6 da manhã para ir trabalhar fica muito maior!

E não é engraçado quando você está esperando ansiosamente um telefonema e o telefone toca como nunca, mas não é quem você quer? Uma comédia!! Me divirto!

Mal posso esperar pelo dia de amanhã!

Sunday, September 10, 2006

Ser carioca é...

Hoje dei mais um passo em minha longa jornada para me tornar carioca. Quer dizer, pra tentar conhecer o suficiente pra não fazer feio quando meus amigos paulistas vierem me visitar!

Ontem, como falado no último post, conheci a Lapa. Hoje foi a vez do Arpoador. Um lugar fantástico... tem até um pessoal que armou uma academia ao ar livre pro pessoal ficar marombado olhando pro mar. Só no Rio.

Só que eu tenho feito as coisas não do jeito certo! A Lapa é um ponto turístico por causa do samba, do chorinho. Eu fui a uma casa onde tocou um montão de hip-hop, um sambinha mequetrefe e funk. DJ. Sem banda. Nada de rodinha de samba. O Arpoador é famoso pelo fantástico pôr do sol. Fui na hora do almoço, depois de torrar um pouquinho na praia. E fui sozinha, o que eu não recomendo se você passa por alguma fase ruim, porque você pode achar a solução literalmente em um pulo. Lugar bacana pra ir acompanhado com alguém especial, pra ficar horas, só olhando. Bem zen. E dá pra ver o Pão-de-Açúcar e o Cristo, que precisam ser visitados pra eu ganhar mais alguns pontinhos na minha carteirinha de carioca.

E eu comi biscoito Globo.

Saturday, September 09, 2006

Sonhos despedaçados

Uma noite que prometia. Conhecer a tão comentada Lapa. Eu imaginava um lugar onde todos os boêmios se encontravam, rodas de samba na rua, diversão em cada esquina. Achei que seria chegar ali e escolher uma mesa. Que ingenuidade a minha... Pra tudo tem um preço. Os lugares mais comentados cobram uma fortuna pra entrar. Tem o preço do artista, mas convenhamos... R$20,00 não é um showzinho qualquer... eu pago isso pra assistir Los Hermanos e não pago R$5,00 na cerveja... Tenho que dizer que fiquei levemente decepcionada, mas ainda acredito no potencial daquele lugar.

No fim das contas, foi uma noite muito divertida, com menos bebedeira do que eu imaginava, menos dinheiro gasto e certeza de praia amanhã. Se o Sr. São Pedro ajudar. E eu ainda tive o prazer de conhecer um funk que fala de um cara que se apaixona por uma menina bêbada que quando bebe perde a linha e diz que se ela continuar bebendo o relacionamento deles termina. Sensacional. Espero que quando eu arranjar um namorado, ele não seja assim. Que ele me acompanhe nos vexames.

Friday, September 08, 2006

Será que a gente não cresce nunca?

Gosto quando acordo com a capacidade de achar graça nas coisas mais banais do dia-a dia. E achar muita graça.

Elevador ao meio-dia. O lugar mais odiado por 98% da população trabalhadora. Elevadores que mesmo burfando param em todos os andares. E como eu odeio aquela sensação do estômago seguir a bendita da inércia... E o evento se repete às 13 horas, quando todo mundo tem que voltar. Mas hoje sendo sexta de feriado, nos demos ao luxo de almoçar por duas horas. Que maravilha, aquele elevador vazio... dava até pra ler o recadinho que passa em cima da porta, parecido com aquelas luzinhas que chamam a próxima senha do banco, mas com notícias sobre petróleo e essas coisas. Só que de repente as luzinhas estava piscando. Umas coisas sem sentido passavam, mudavam... comentei com a minha amiga que era sinal de que o elevador iria parar. Já me disseram que já aconteceu algumas vezes. Eis que uma voz logo atrás da gente solta um "não, esse botão acerta a hora!". As duas olham pra trás e tem um carinha com o controle remoto tentando escrever Petrobras. Começamos a rir. E fazer piadinhas com a incapacidade do carinha colocar uma palavra tão simples ali. E um senhor na nossa frente não conseguiu segurar o riso. E todo mundo riu. E eram só 14 andares. Nem parecia que estávamos trabalhando num dia que deveria ter sido enforcado.

E no meio das piadinhas eu me lembrei que fazia muito isso na faculdade. Piadinhas bem infantis. Tirar um barato da cara de todo mundo. Se não fosse pelo crachá, ninguém acreditaria que esta pessoinha já é uma engenheira! Até pediram pra eu mostrar meu crachá no restaurante que dá desconto pra empresa! haha Dividaram de mim! Será que eu quero mudar? Será que eu vou ter que mudar? Tomara que não!

E por que a gente espera tanto por alguma coisa tão boba quanto um telefone tocando? Mesmo tendo quase certeza que ele não vai tocar. Mas esperar é legal. Mas a decepção que vem depois... a gente poderia ficar mais maduro e aprender a não esperar por coisas assim. Como quando sua mãe ia ao supermercado no meio da semana e você ficava esperando ela te trazer um danoninho, mas como não era fim de semana, você sabia que não ia ter. Mas mesmo assim, tirava tudo da sacola, esperando uma surpresa. E não vinha danoninho... E agora que eu aprendi a fazer o bendito em casa, que eu posso fazer um baldão de danoninho, eu nem gosto tanto assim. Crescer tem dessas decepções...

Thursday, September 07, 2006

Véspera de Feriado

Baladinha depois do trampo, porque é véspera de feriado e eu posso dormir o dia inteiro! Que felicidade! Finalmente consigo arrastar meus companheiros de trabalho para um divertido HH e conhecer mais um bar aqui desta cidade. Barzinho bacana, amigos bacanas, amigos novos... Acho que estou começando a pegar o jeito...

Nem consigo lembrar que terça eu estava tão triste (sem motivo) que doía ter que sorrir pra dizer bom dia ! Mas fiquei feliz ao ouvir um "Por que você tá tão quietinha? Tá muito tristinha hoje, hein!". Legal quando a sua relação com o pessoal do trabalho vai além de dividir baia e cobrar aquele documento que está atrasado!

Monday, September 04, 2006

Dama na Água

Um filme com Paul Giamatti, um ator que gosto muito, por influências.

Adoro filmes fantásticos. Sim, o filme é bom, mas quis dizer no sentido de Fantasia. Seres de outro mundo, finais felizes.

Estava esperando outra coisa. Fui sem ler a resenha imaginando ser um filme que falasse de relacionamentos e algo triste. Fui surpreendida, mas me apaixonei.

Paul Giamatti tem cara de infeliz. Uma opinião que roubei da minha amiga. E ele continua assim. E mesmo com essa cara, é um comediante surpreendente.

O personagens são muito caricatos. Saí do cinema acreditando na mudança do mundo. É, sou bem influnciável.

Mas assistir filmes em lugares onde se encontram os intelectuais e pseudointelectuais sempre me proporciona motivos de riso. Por que as pessoas tem que encontrar uma moral da história, uma relação inteligente entre o filme e a vida? "Ah, tipo assim, o que ele quis dizer é que as aparências enganam, tipo assim, a gente não pode julgar pelo que a gente vê, sabe?" "E os personagens estão todos relacionados com a mitologia, você não viu?". AH!!! Não acabem com meu filme!!!!!!!

You make me happy, when skies are gray...

Fim de semana nublado. Tudo pra ser mais um daqueles cheios de melancolia e saudade. Mas quando ela está por perto, fica tudo mais fácil.

Sexta-feira, mesmo trabalhando até mais tarde e me aventurando por estações de metrô nunca dantes visitadas e linhas de ônibus totalmente desconhecidas, a festa de 80 anos da vovó Iza, organizada pela Dona Graça, pra variar, não decepcionou. Acredito que eu era uma das poucas pessoas sem vínculos familiares, mas me senti muito à vontade a ponto de ficar levemente embriagada e parecer estar me divertindo mais do que algumas pessoas presentes. Conheci pessoas muito interessantes, um colega engenheiro (lindo quando eles te chamam de colega, mesmo tendo apenas um ano de formada e ele 25 anos de profissão) e descobri que sou péssima para lembrar nomes das pessoas. Uma necessidade é montar a árvore genealógica de minha queria amiga.

Sábado, almoço em um japonês aqui no Rio. Não posso negar. Estava com muito medo. Não que eu seja a expert no assunto culinária japonesa, mas essa é uma das coisas que eu sei quando me agrada ou não. E o restaurante trabalha com comida italiana no primeiro andar e japonesa no segundo. As expectativas não eram das maiores. Mas todo o contexto, a companhia, a apresentação do lugar, o atendimento, fizeram com que a experiência tenha sido inesquecível. Conhecer a irmã de minha amiga foi sensacional. Uma mulher admirável. Bem humorada, inteligente, extrovertida e muito engraçada. Um dia de muito riso. E a noite foi como não tinha há muito tempo, com muita conversa e decepção por não ter conseguido comer a tão famosa pizza carioca acompanhada de muito catchup e mostarda.

Domingo, dia com sol entre nuvens. Perfeito dia de praia para uma paulista. Mas a idéia não foi compartilhada com o restante do grupo. Um domingo com cara de domingo. Muita preguiça, pouca ação. Um ótimo bar na Barra da Tijuca pra finalizar um fim de semana que eu gostaria de repetir sempre. E ela vai embora, deixando aquela saudade.

Eu deveria começar a semana muito bem, mas acho que a saudade não vai ter como me deixar....

Friday, September 01, 2006

Have a nice day

Precisava postar isso aqui diante da alegria que me proporcionou a rádio Oi FM aqui do Rio! Acordar com Stereophonics, com Have a Nice Day... espero que seja um sinal... E eu ainda preciso ler o que eu escrevi ontem.

E antes que eu me esqueço, natação com 7 chopps no estômago: não recomendo.

Thursday, August 31, 2006

Como ficar sem cerveja????

As pessoas dizem que não se pode beber, que engorda, que faz mal, que te faz uma alcoólatra. Mas onde mais eu conseguiria momentos de tanta distração, descoberta e troca de experiência se não num boteco onde a mesa é montada na hora com dois barris vazios de chopp e uma tábua de madeira?? Estes são os momentos que eu acho bacana estar no Rio. Tudo que é tipo de gente, de gravata, descalço, de chinelo, limpo, sujo, todo mundo tomando sua cervejinha. Pão com linguiça, jiló. Coisas que só se consegue em boteco bem pé-sujo! E esse é o termo mais carioca que eu aprendi!

Mas uma coisa que eu nunca tinha pensado e que me fez ficar arrepiada qdo ouvi, no meio de uma conversa sobre dinheiro, em como administrá-lo e como as pessoas ao seu redor fazem isso:

"Como pode uma pessoa pedir dinheiro no sinal e passar numa loja e comprar um brinco ao invés de feijão pros 5 irmãos que passam fome?"

"É, por que ela faria uma coisa dessa?"

"??? Sei lá!!"

"Pessoas que vivem em extremos ou tem naquele momento ou não tem. Pra eles tanto faz se eles ficam com fome mais um dia e a sensação de ter algo como um brinco de um real é melhor do que comer um prato de arroz e feijão"

"..."

Claro que pra um monte dessas pessoas que pedem dinheiro na rua e vão à loja do meu pai comprar um brinco, a situação não é essa. É por pura sacanagem mesmo. Mas eu pensei em como ainda deve ter gente assim no mundo. Acho que ainda tem. E eu não tinha parado pra pensar nisso. Em como um brinco pode ser importante pra alguém. E tudo que a gente tem e não dá importância. É bom parar pra pensar nessas coisas, mas não pra abrir mão de tudo e virar socialista radical. Eu não funciono assim. Mas eu dou muito valor às coisas que tenho. E a tudo que meu dinheiro compra. Ainda bem que consigo pagar minhas continhas e ainda beber chopp sem contar quantos numa quinta-feira, sem nenhum motivo.

E nessas eu corrompi mais um bom aluno a não ir à aula e me acompanhar. Sempre combinamos em beber só uma, mas obviamente, ficamos até dar a hora do metrô fechar.

E amanhã ainda tem natação.....

Wednesday, August 30, 2006

Futilidades

Chuva. Tem como acordar 5:50 da manhã pra nadar em uma piscina não coberta? Acho que se minha força de vontade fosse só um poquinho maior, talvez fosse possível. Mas eu não estou me sentindo tão gorda assim pra fazer um esforço desses... Só que há um grande problema por trás do primeiro tropeço da persistência... vc acaba fazendo vista grossa pra qualquer coisa. Ah, você já desencanou mesmo... que mal faz esse chocolatinho? Acho que não tem problema comer 4 pães na janta... Ah... acho que essa semana eu posso ficar sem nadar.... pronto, já estou num caminho sem volta. Depois fica se lamentando na praia e passa mais tempo reparando em como as cariocas estão saradas do que aproveitando o mar e os mocinhos simpáticos que jogam futvolei (eita esportezinho difícil!). Mulheres....

Agora momento "Que país é esse?!". Estão fazendo campanha por uma alimentação mais balanceada lá no trampo. Eu sou muito influenciável e resolvi aderir ao 5 porções de vegetais e frutas por dia. Já no caixa, onde agora eles pesam os já citados, a mocinha do caixa pergunta: "Como chama isso?". Tentei lembrar se tinha comprado alguma coisa exótica, mas ao olhar o saquinho: "Berinjela??". Me senti no sertão nordestino... Confundir salsinha com coentro, rúcula com agrião, abacate com manga (haha essa é piada interna), tangerina com ponkan... pôxa... lógico que ela também não conhecia o espinafre que eu comprei. Todo dia perco muito tempo pensando no que fazer pra janta (tenho que tirar o chapéu pra minha mãe que fez isso pra mim por tantos anos...). Fico imaginando que deva ser muito mais complicado se seu leque de opções é mais restrito. Claro, poderíamos falar também das pessos que não tem dinheiro nem pra comprar a comida, mas não estou me sentindo muito engajada. Quero falar de coisas bem levianas.

Monday, August 28, 2006

Por que bem na segunda-feira?

Queria entender por que tem dias que você não tem a mínima vontade de ser legal. E eu sou uma pessoa legal. Muito legal. É o que dizem de mim "Ah, ela é muito legal". Nada de gênia, gata, espetáculo. Só legal. Mas melhor que nada. Se bem que tive a péssima experiência de não ser reconhecida por pessoas que trabalham no mesmo andar que eu. É garotinha.... no mundo dos adultos você não é pop. Acostume-se!

Mas voltando ao mau humor. Dia nublado, aquele calor úmido... tava pressentindo. Quando o mau humor vem, parece que todo mundo está contra você. O porteiro, seu companheiro de baia, seu chefe, o elevador, a catraca e seu crachá. Até o bom dia do cara que tá te ajudando soa sarcástico.... E se tá difícil arranjar amigo sendo legal, imagina de mau humor.... Voltei correndo pra casa pra me entupir de chocolate pra ver se passa. Ainda não fez efeito.

Sunday, August 27, 2006

Melinda & Melinda

Filme de Woody Allen. "Uma pessoa chega sem ser convidada no meio de um jantar...". As coisas podem tomar um rumo trágico ou cômico. Se eu esivesse inspirada, poderia dizer que uma coisa que se pode tirar deste filme é que as coisas são como você as encara. Mas como hoje eu quero ser bem superficial, posso dizer que o filme é muito bom, que o Will Ferrell tem cara de comédia (como meu conhecimento em cinema vai daqui até ali, não sei se ele tem alguma obra prima de drama ou qualquer outro tipo de filme), que eu espero nunca ter amigas como a Laurel.

Tá na chuva...

Domingão. Biquini, toalha, protetor 30, tudo prontinho desde ontem. Acordar cedo pra aproveitar os raios mais saudáveis do sol. Abro a janela e vejo pessoas de guarda-chuva na rua. São Pedro pregando mais uma peça na paulista aqui. Custava chover durante a semana? Vejo que um sol tímido sai entre as cumulus ninbus. Seria o suficiente para eu ir à praia, mas como eu seria a única, vou procurar algum filme pra ver.

E como assistir a novela das sete tem sido uma das minhas diversões nesta terra, ontem ela não me decepcionou! Hellen discute com Foguinho o fato de Bel ter ido conversar de perto com seu tio Omar: "Seleção Natural de Lavousier!". Agora eu não sei se era essa a intenção do cara que escreveu este texto... de mostrar quão ignorante é a Hellen ou se foi pra mostrar que ele mesmo não entende patavinas! Então vamos lá! Seleção natural é Darwin e Conservação de Matéria é Lavoisier. Não vamos confundir ainda mais as crianças! Elas já vão sofrer muito com o rebaixamento de Plutão.

Saturday, August 26, 2006

Fogão - A saga

Fiz um post sobre a picaretagem do mundo. E hoje eu confirmo que o mundo é muito mais picareta do que eu já achava. Esse fogão virou questão de honra.

Depois de receber um feedback negativo (ainda não perdi a mania do business bingo...) do Re sobre desperdiçar um post neste blog, resolvi colocá-lo, mas resumido. Pra ele eu mandei com mais rancor. Técnico em casa de novo:

- Moço, não tá regulando a chama.
- Mas eu já te expliquei que é o termostato que controla a temperatura, não a altura da chama.
- (cara de "pára de falar merda....") Moço, então me explica de novo. Como é que a temperatura no forno aumenta se a chama não muda de tamanho?
- É pelo tempo. Não adianta, senhora... a senhora não vai entender... já falei que o termostato faz tudo. Põe um frango no forno e testa.
- (cara de "seu imbecil..... eu sou engenheira.... eu PROJETO termostatos!!!") É realmente a gente não vai conseguir chegar numa solução.

Sabadão, 8 da manhã (lembram-se que eram 4:30h no último post?), toca o interfone. "Poutz... deve ser o outro técnico...". Phoda-se.... ele volta mais tarde....
10:30 da manhã. "Vamos acabar com este sofrimento"

- Moço, eu não consigo ajustar a chama do forno.
- (técnico mexe aqui, gira o botão pro lado errado e resolve abrir a tampa desparafusando o lugar errado) hum.....
- (10 minutos) .....
- Esse fogão é assim mesmo. É o Timer que controla a temperatura.
- (AI, ALGUÉM ATIRE NA MINHA CABEÇA!!!!) Moço.... como assim o Timer controla a temperatura???
- (silêncio, mexe aqui e eli de novo)
- É... tem que trocar essa peça aqui (num movimento para ir fechando a tampa do fogão).
- Péra, que peça? Essa aqui? (apontando para a peça que seria o termocontrolador do outro técnico)
- É.
- E como se chama essa peça?
- Regulador de chama. E já vou adiantando que não é barato.
- Ah... então não tem nada a ver com o Timer?
- Não.
- Ah... E como é que essa peça pode "quebrar"?
- Acontece.
- ....... beleza... (voz de "desisto")
- Depois passo o orçamento.

Decidi passar numa loja de ferramentas pra comprar umas chaves de fenda, alicates e consertar o bendito.

E me passou pela cabeça se eu poderia ser tão cara de pau de dar respostas desse nível...

- Mas Engenheira Laura, esta válvula de retenção deveria ter vida útil de 40 anos! Ela já está "quebrada"!
- Acontece.

Eu seria uma desempregada.

As Frank said, I did my way....

4:30 AM. Meus pés doem…. Mas não estou reclamando. É só uma constatação. Como é bom dançar. Como é bom ver gente. Não consegui conectar hoje, mas precisava escrever sobre minha segunda balada “forte” na cidade maravilhosa. Parece um mundo paralelo.....

Após alguns chopps com amigos do trabalho (Viva!), resolvemos conhecer uma das baladinhas daqui da Zoa Norte. Entramos e o som era familiar para mim. O DJ era Jovem Pan. 100% de minhas baladas nesta cidade foram levadas por DJs desta rádio. Esta é minha segunda balada. Voltemos ao som. Nada de diferente, até que o citado DJ ousou tocar algumas músicas eletrônicas, as quais eu não me atreveria dizer se eram house ou trance ou psy ou qualquer coisa que o valha, uma vez que sou uma completa ignorante no assunto. Mas gosto deveras das batidas. Pelo menos em balada. Mas não chegou a cativar a pista. O pessoal estava na inércia. Entre um hit e outro, a alegria e surpresa da balada: havia uma banda! Guitarras, bateria, baixo.... Por mais tosca que ela seja, na medida do aceitável, uma banda é sempre bem vinda! Começaram com Vertigo. Promissores. Mas a galera só animava com O Rappa. Nem o velho Jon conseguiu levantar a galera. Quando tocaram I'm So Sorry (The Smiths), quase chorei, meus seis reais tinham valido a pena, mas obviamente, pouquíssimos pontos de Ibope. Tudo bem que eles terminaram com Lua de Cristal... ainda se tivesse sido alguma do Balão Mágico....

Eis que em algum momento na noite, passo por um portal e não percebo. Após alguns hits de Hip Hop (que também está suuuper na moda) eis que ouço o pancadão do Rio. Toda a pista delira. Pulinhhos histéricos, bracinhos nervosos agitando no ar, como se a melhor música da vida deles estivesse tocando. Era uma música que eu nunca tinha ouvido. Movimentos coreografados, meninas até o chão, chão, chão, chão. Meninos atrás, até o chão, chão, chão, chão. Os meninos mais comedidos observavam ao redor, fazendo comentários. Mulheres se chamando de piranha e fazendo cara de sexy. Em algum momento eu me senti naqueles filmes adolescentes onde a cena passa em slow motion e o garotinho enxerga as meninas brilhando. Quando começou a tocar uma música que faz referência às mulheres que fazem escova no cabelo ("Ih, choveu, o cabelo encolheu"), só faltei cair no chão (tão famoso) de tanto rir. E lógico, não preciso nem comentar as músicas menos “família”. Já me avisaram que eu não poderia ir a um baile funk de verdade. Eu teria um aneurisma de tanto rir.

Minha sexta-feira foi divertida. Senti falta de algumas pessoas, mas esse foi o caminho que escolhi. It's-my-life!

Wednesday, August 23, 2006

O que dizer quando não se tem nada a comentar?

Olá, querido diário! Hoje fui à escola, voltei, almocei assistindo Chaves/Chapolin, dei uma cochilada, fui a minha aula de japonês, voltei, tomei banho, jantei e dormi. É, esse foi o meu dia. Até amanhã!

Olá, querido diário! Vide dia anterior.

Bom, foi assim que no quarto dia eu larguei mão de escrever um diário. Eu queria ser que nem o Lucas Silva e Silva do "Mundo da Lua" da Cultura! Tinha historinha pra contar todo dia!

E hoje é um dia nada Lucas Silva e Silva. Tirando que rolou choppinho com o homem com que eu casaria se ele já não fosse casado e com dois filhos. Desilusão, desilusãããão.... (com cara de Marisa Monte).

Espero que antes do quarto dia eu tenha mais coisa pra escrever, porque senão vai ser como o pobre diário que ficou largado numa gaveta.

Ah, mas a lição de hoje é não viver dormindo.

Tuesday, August 22, 2006

Os podres do homem

Fico impresionada com a cara de pau das pessoas. Talvez por não conseguir ser tão dissimulada. Não estou dizendo que isto seja uma qualidade. Neste momento eu gostaria de ser um pouco mais estúpida e ser a maior vendedora de óleo de peroba da face da Terra.

Acabo de ficar 35 mangos mais pobre. Por causa de um parafuso. E uma chave de fenda. Um pequeno problema em meu forno: ele não funcionava. Aí um técnico picareta apertou um parafuso e me cobrou 35 mangos. Por que as pessoas tem que se fazer de espertas? E pior, quando eu perguntei por que não estava funcionando a regulagem do forno, ele respondeu que era controlado por termostato, que era automático. Eu mereço.... dispensei o cara com meu dinheiro e amanhã ligo pedindo um outro técnico.

Da próxima vez eu fuço mais e conserto sozinha. Afinal de contas, pra que ser engenheira se eu não posso nem consertar meu próprio fogão. Detalhe: perdi meia hora pra colocar as grades retráteis que eu mesma tinha tirado.

Monday, August 21, 2006

Quando tudo volta ao normal e é o que você mais quer

Depois de um dia de trabalho sem novidades, eis que um e-mail me enche de felicidade. E como toda coisa boa, me fez refletir... Às vezes a gente quer mudar, quer uma revolução. E quando essa vontade é só um outro jeito de mostrar que na verdade a gente não sabe o que quer? Felizes aqueles que não mudam nunca porque sabem que é isso mesmo que eles querem. Acho que tenho que cortar meus cabelos....

Sunday, August 20, 2006

Chá da tarde em Botafogo

Estava esperando mais um dia de praia, mas o cara da salada de fruta com sorvete da praia tinha razão. Domingo amanheceu nublado e choveu. Nada de praia hoje. Então, por que não aproveitar para assistir uns filmes que demorariam meses pra chegar em Campinas? Decidi fazer uma mini-maratona, dois na seqüência: "Café da Manhã em Plutão" e "Obrigado por fumar". Posso dizer que foi muito bem ter chovido. Chorei absurdo no primeiro e ri bastante no segundo.

Patricia é apaixonante, encarando as coisas de um jeito simples, mas no fundo levando mais a sério do que qualquer um. E Nick é um cara que eu gostaria de ser. Quando me peguei xingando-o em voz alta num dos momentos críticos do filme, percebi que o filme é mais envolvente do que eu imaginava. E o filho dele também me roubou algumas lágrimas. Mas eu choro fácil, então não vá achando que é um filme triste ou comovente.

Gostei muito da sala do Unibanco Arteplex. Só com filmes bacanas. Vou tentar aumentar meu objetivo de cinema uma vez por semana para duas.

E é fim de mês, como me avisa a conta no banco. Hora de apertar os cintos, procurar os restaurantes mais "populares", jantar miojo (se bem que isso não é só pelo dinheiro)...

Saturday, August 19, 2006

Ressacão...

Impressionante como cerveja combina com praia. E essa chuva que resolveu finalmente desabar combina com o ressacão instantâneo que me assola. Fora os vinte quilos de jaboticaba que eu resolvi comer no caminho. Essas barraquinhas no meio da rua são tão atraentes....

Estive refletindo sobre o nome do blog. Tenho uma dificuldade sem tamanho para decidir coisas desse tipo. "Onde vamos almoçar hoje?", "Que filme pegamos pra assistir?", "Como vai se chamar seu filho?", "Qual será o nome do meu blog?". Foi quando recebi um sinal (tem horas que não tem como não acreditar nessas coisas), tinha acabado de escolher e escrever no local indicado e não é que a bendita da música começou a tocar? Mas com uma moça cantando. Então, fica-se decidido. As coisas poderiam ser simples desse jeito. Uma música que toca, um trovão que cai, uma pessoa que te convide...

E mais uma bobagem que eu escrevo por não ter pra quem contar. Ontem foi um dia cheio de momentos singulares. Ao sair do metrô e me dirigir a minha atual residência, uma rapaz (muito bem apessoado diga-se de passagem) me cumprimenta com um "Oi, tudo bem?". Eu sempre ando distraída e a resposta veio mecanicamente "Oi, tudo bem". Sei lá por que achei que conhecesse o moço. Mas na rapidez de uma sinapse lembrei que eu não conheço ninguém nesta cidade, quanto mais perto da minha casa. Mas ele parecia tão familiar. Ficou um tempo me olhando enquanto eu me distanciava. Não, nunca fui abordada desta maneira. E ainda custo a achar que foi uma cantada. Mas confesso que por alguns instantes me senti a pessoa mais bonita do mundo e o rapaz foi a pessoa mais importante da minha vida por alguns segundinhos.

Na praia hoje tive um momento de "erro na matrix". Ao tentar me desviar das ondas assassinas desta cidade, levei um baita de um caldo que me deixou com areia saindo pelos ladrões. Lembrei de um tal de Rock in Rio e pensei "Que bom que eu não estou com óculos de sol". Saudade dos amigos....

E um rapaz resolveu conversar comigo no meio do mar (ainda tentando me livrar das ondas) "Você não é daqui, né?". Não sei se é por causa dos meu lindo bronzeado branco leite, se é porque eu tenho esses olhos puxados, eu simplesmente não tenho cara de carioca. Aí eu tive que perguntar "Como você adivinhou? É tão óbvio assim?" eis que ele me responde "Na verdade eu sou colombiano, achei que você fosse estrangeira também". Essa é a seguda vez que acham que eu sou gringa em Copacabana. Só saio perdendo. Todos vão se achar no direito de cobrar o valor maior, achando que eu recebo em iene e ainda corro o risco de levar facada.

E eu ainda vou aprender a mexer neste negócio pra colocar link, fotos e tudo mais que este maravilhoso mundo permite!

Always hate the first time

Quem diria... depois de tanto tempo, eis que me aventuro no mundo virtual.... agora penso por que não fiz isso antes... talvez porque sempre que tinha algo pra dizer, chamava a galera pra um bar e pronto. Na verdade, quando a galera se reunia, eu já não queria dizer mais nada. Como se a felicidade tomasse conta e anulasse tudo de ruim. E posso dizer que em casa eu sempre tive a melhor companhia pra dividir os detalhes mais sem importância, como o que eu comi no almoço, quem eu encontrei na rua ou que tinha me apaixonado.

Mas, como estou aqui escrevendo, dá pra perceber que as coisas mudaram, né? Hoje estou num mundo novo, que ainda não posso dizer se gosto ou desgosto. Ele apenas é. Mas prefiro discorrer o assunto mais tarde, porque senão eu não saio daqui hoje!

Engraçado como dá vontade de escrever tudo! Sobre o velhinho, José Marcolino, 78 anos, apreciando sua pipoca doce (aqui se come muita pipoca...) que me viu lendo no metrô e foi com a minha cara e declamou um lindo poema do Olavo Bilac sobre a juventude. E ainda cantou uma música com meu nome, e não era Lady Laura do Rei. Tem dias que eu não gosto quando as pessoas falam comigo em lugares públicos. Sou uma pessoa muito educada, então, respondo a todos com o maior interesse e um sorrisão na cara. Mesmo quando a vontade é sair correndo e gritando "me deixa em paaaaaz!". Pensando bem, são poucas as vezes, mas são vezes que me marcam e parece que é sempre assim... Mas bem, não foi esse o caso. Achei lindo. Mas me peguei pensando e tive vergonha de mim. "Ele é velhinho, ele precisa falar, tadinho". Que imbecil que eu sou.... ele fala porque ele gosta! Porque ele quer! E tadinho por quê??? A conversa terminou quando o metrô veio vazio e eu tive que ir embora.

Mas eu tenho muita coisa pra escrever..... vai ter que ser por partes, porque tá fazendo sol e como uma nova carioca, estou indo à praia.