Thursday, August 31, 2006

Como ficar sem cerveja????

As pessoas dizem que não se pode beber, que engorda, que faz mal, que te faz uma alcoólatra. Mas onde mais eu conseguiria momentos de tanta distração, descoberta e troca de experiência se não num boteco onde a mesa é montada na hora com dois barris vazios de chopp e uma tábua de madeira?? Estes são os momentos que eu acho bacana estar no Rio. Tudo que é tipo de gente, de gravata, descalço, de chinelo, limpo, sujo, todo mundo tomando sua cervejinha. Pão com linguiça, jiló. Coisas que só se consegue em boteco bem pé-sujo! E esse é o termo mais carioca que eu aprendi!

Mas uma coisa que eu nunca tinha pensado e que me fez ficar arrepiada qdo ouvi, no meio de uma conversa sobre dinheiro, em como administrá-lo e como as pessoas ao seu redor fazem isso:

"Como pode uma pessoa pedir dinheiro no sinal e passar numa loja e comprar um brinco ao invés de feijão pros 5 irmãos que passam fome?"

"É, por que ela faria uma coisa dessa?"

"??? Sei lá!!"

"Pessoas que vivem em extremos ou tem naquele momento ou não tem. Pra eles tanto faz se eles ficam com fome mais um dia e a sensação de ter algo como um brinco de um real é melhor do que comer um prato de arroz e feijão"

"..."

Claro que pra um monte dessas pessoas que pedem dinheiro na rua e vão à loja do meu pai comprar um brinco, a situação não é essa. É por pura sacanagem mesmo. Mas eu pensei em como ainda deve ter gente assim no mundo. Acho que ainda tem. E eu não tinha parado pra pensar nisso. Em como um brinco pode ser importante pra alguém. E tudo que a gente tem e não dá importância. É bom parar pra pensar nessas coisas, mas não pra abrir mão de tudo e virar socialista radical. Eu não funciono assim. Mas eu dou muito valor às coisas que tenho. E a tudo que meu dinheiro compra. Ainda bem que consigo pagar minhas continhas e ainda beber chopp sem contar quantos numa quinta-feira, sem nenhum motivo.

E nessas eu corrompi mais um bom aluno a não ir à aula e me acompanhar. Sempre combinamos em beber só uma, mas obviamente, ficamos até dar a hora do metrô fechar.

E amanhã ainda tem natação.....

Wednesday, August 30, 2006

Futilidades

Chuva. Tem como acordar 5:50 da manhã pra nadar em uma piscina não coberta? Acho que se minha força de vontade fosse só um poquinho maior, talvez fosse possível. Mas eu não estou me sentindo tão gorda assim pra fazer um esforço desses... Só que há um grande problema por trás do primeiro tropeço da persistência... vc acaba fazendo vista grossa pra qualquer coisa. Ah, você já desencanou mesmo... que mal faz esse chocolatinho? Acho que não tem problema comer 4 pães na janta... Ah... acho que essa semana eu posso ficar sem nadar.... pronto, já estou num caminho sem volta. Depois fica se lamentando na praia e passa mais tempo reparando em como as cariocas estão saradas do que aproveitando o mar e os mocinhos simpáticos que jogam futvolei (eita esportezinho difícil!). Mulheres....

Agora momento "Que país é esse?!". Estão fazendo campanha por uma alimentação mais balanceada lá no trampo. Eu sou muito influenciável e resolvi aderir ao 5 porções de vegetais e frutas por dia. Já no caixa, onde agora eles pesam os já citados, a mocinha do caixa pergunta: "Como chama isso?". Tentei lembrar se tinha comprado alguma coisa exótica, mas ao olhar o saquinho: "Berinjela??". Me senti no sertão nordestino... Confundir salsinha com coentro, rúcula com agrião, abacate com manga (haha essa é piada interna), tangerina com ponkan... pôxa... lógico que ela também não conhecia o espinafre que eu comprei. Todo dia perco muito tempo pensando no que fazer pra janta (tenho que tirar o chapéu pra minha mãe que fez isso pra mim por tantos anos...). Fico imaginando que deva ser muito mais complicado se seu leque de opções é mais restrito. Claro, poderíamos falar também das pessos que não tem dinheiro nem pra comprar a comida, mas não estou me sentindo muito engajada. Quero falar de coisas bem levianas.

Monday, August 28, 2006

Por que bem na segunda-feira?

Queria entender por que tem dias que você não tem a mínima vontade de ser legal. E eu sou uma pessoa legal. Muito legal. É o que dizem de mim "Ah, ela é muito legal". Nada de gênia, gata, espetáculo. Só legal. Mas melhor que nada. Se bem que tive a péssima experiência de não ser reconhecida por pessoas que trabalham no mesmo andar que eu. É garotinha.... no mundo dos adultos você não é pop. Acostume-se!

Mas voltando ao mau humor. Dia nublado, aquele calor úmido... tava pressentindo. Quando o mau humor vem, parece que todo mundo está contra você. O porteiro, seu companheiro de baia, seu chefe, o elevador, a catraca e seu crachá. Até o bom dia do cara que tá te ajudando soa sarcástico.... E se tá difícil arranjar amigo sendo legal, imagina de mau humor.... Voltei correndo pra casa pra me entupir de chocolate pra ver se passa. Ainda não fez efeito.

Sunday, August 27, 2006

Melinda & Melinda

Filme de Woody Allen. "Uma pessoa chega sem ser convidada no meio de um jantar...". As coisas podem tomar um rumo trágico ou cômico. Se eu esivesse inspirada, poderia dizer que uma coisa que se pode tirar deste filme é que as coisas são como você as encara. Mas como hoje eu quero ser bem superficial, posso dizer que o filme é muito bom, que o Will Ferrell tem cara de comédia (como meu conhecimento em cinema vai daqui até ali, não sei se ele tem alguma obra prima de drama ou qualquer outro tipo de filme), que eu espero nunca ter amigas como a Laurel.

Tá na chuva...

Domingão. Biquini, toalha, protetor 30, tudo prontinho desde ontem. Acordar cedo pra aproveitar os raios mais saudáveis do sol. Abro a janela e vejo pessoas de guarda-chuva na rua. São Pedro pregando mais uma peça na paulista aqui. Custava chover durante a semana? Vejo que um sol tímido sai entre as cumulus ninbus. Seria o suficiente para eu ir à praia, mas como eu seria a única, vou procurar algum filme pra ver.

E como assistir a novela das sete tem sido uma das minhas diversões nesta terra, ontem ela não me decepcionou! Hellen discute com Foguinho o fato de Bel ter ido conversar de perto com seu tio Omar: "Seleção Natural de Lavousier!". Agora eu não sei se era essa a intenção do cara que escreveu este texto... de mostrar quão ignorante é a Hellen ou se foi pra mostrar que ele mesmo não entende patavinas! Então vamos lá! Seleção natural é Darwin e Conservação de Matéria é Lavoisier. Não vamos confundir ainda mais as crianças! Elas já vão sofrer muito com o rebaixamento de Plutão.

Saturday, August 26, 2006

Fogão - A saga

Fiz um post sobre a picaretagem do mundo. E hoje eu confirmo que o mundo é muito mais picareta do que eu já achava. Esse fogão virou questão de honra.

Depois de receber um feedback negativo (ainda não perdi a mania do business bingo...) do Re sobre desperdiçar um post neste blog, resolvi colocá-lo, mas resumido. Pra ele eu mandei com mais rancor. Técnico em casa de novo:

- Moço, não tá regulando a chama.
- Mas eu já te expliquei que é o termostato que controla a temperatura, não a altura da chama.
- (cara de "pára de falar merda....") Moço, então me explica de novo. Como é que a temperatura no forno aumenta se a chama não muda de tamanho?
- É pelo tempo. Não adianta, senhora... a senhora não vai entender... já falei que o termostato faz tudo. Põe um frango no forno e testa.
- (cara de "seu imbecil..... eu sou engenheira.... eu PROJETO termostatos!!!") É realmente a gente não vai conseguir chegar numa solução.

Sabadão, 8 da manhã (lembram-se que eram 4:30h no último post?), toca o interfone. "Poutz... deve ser o outro técnico...". Phoda-se.... ele volta mais tarde....
10:30 da manhã. "Vamos acabar com este sofrimento"

- Moço, eu não consigo ajustar a chama do forno.
- (técnico mexe aqui, gira o botão pro lado errado e resolve abrir a tampa desparafusando o lugar errado) hum.....
- (10 minutos) .....
- Esse fogão é assim mesmo. É o Timer que controla a temperatura.
- (AI, ALGUÉM ATIRE NA MINHA CABEÇA!!!!) Moço.... como assim o Timer controla a temperatura???
- (silêncio, mexe aqui e eli de novo)
- É... tem que trocar essa peça aqui (num movimento para ir fechando a tampa do fogão).
- Péra, que peça? Essa aqui? (apontando para a peça que seria o termocontrolador do outro técnico)
- É.
- E como se chama essa peça?
- Regulador de chama. E já vou adiantando que não é barato.
- Ah... então não tem nada a ver com o Timer?
- Não.
- Ah... E como é que essa peça pode "quebrar"?
- Acontece.
- ....... beleza... (voz de "desisto")
- Depois passo o orçamento.

Decidi passar numa loja de ferramentas pra comprar umas chaves de fenda, alicates e consertar o bendito.

E me passou pela cabeça se eu poderia ser tão cara de pau de dar respostas desse nível...

- Mas Engenheira Laura, esta válvula de retenção deveria ter vida útil de 40 anos! Ela já está "quebrada"!
- Acontece.

Eu seria uma desempregada.

As Frank said, I did my way....

4:30 AM. Meus pés doem…. Mas não estou reclamando. É só uma constatação. Como é bom dançar. Como é bom ver gente. Não consegui conectar hoje, mas precisava escrever sobre minha segunda balada “forte” na cidade maravilhosa. Parece um mundo paralelo.....

Após alguns chopps com amigos do trabalho (Viva!), resolvemos conhecer uma das baladinhas daqui da Zoa Norte. Entramos e o som era familiar para mim. O DJ era Jovem Pan. 100% de minhas baladas nesta cidade foram levadas por DJs desta rádio. Esta é minha segunda balada. Voltemos ao som. Nada de diferente, até que o citado DJ ousou tocar algumas músicas eletrônicas, as quais eu não me atreveria dizer se eram house ou trance ou psy ou qualquer coisa que o valha, uma vez que sou uma completa ignorante no assunto. Mas gosto deveras das batidas. Pelo menos em balada. Mas não chegou a cativar a pista. O pessoal estava na inércia. Entre um hit e outro, a alegria e surpresa da balada: havia uma banda! Guitarras, bateria, baixo.... Por mais tosca que ela seja, na medida do aceitável, uma banda é sempre bem vinda! Começaram com Vertigo. Promissores. Mas a galera só animava com O Rappa. Nem o velho Jon conseguiu levantar a galera. Quando tocaram I'm So Sorry (The Smiths), quase chorei, meus seis reais tinham valido a pena, mas obviamente, pouquíssimos pontos de Ibope. Tudo bem que eles terminaram com Lua de Cristal... ainda se tivesse sido alguma do Balão Mágico....

Eis que em algum momento na noite, passo por um portal e não percebo. Após alguns hits de Hip Hop (que também está suuuper na moda) eis que ouço o pancadão do Rio. Toda a pista delira. Pulinhhos histéricos, bracinhos nervosos agitando no ar, como se a melhor música da vida deles estivesse tocando. Era uma música que eu nunca tinha ouvido. Movimentos coreografados, meninas até o chão, chão, chão, chão. Meninos atrás, até o chão, chão, chão, chão. Os meninos mais comedidos observavam ao redor, fazendo comentários. Mulheres se chamando de piranha e fazendo cara de sexy. Em algum momento eu me senti naqueles filmes adolescentes onde a cena passa em slow motion e o garotinho enxerga as meninas brilhando. Quando começou a tocar uma música que faz referência às mulheres que fazem escova no cabelo ("Ih, choveu, o cabelo encolheu"), só faltei cair no chão (tão famoso) de tanto rir. E lógico, não preciso nem comentar as músicas menos “família”. Já me avisaram que eu não poderia ir a um baile funk de verdade. Eu teria um aneurisma de tanto rir.

Minha sexta-feira foi divertida. Senti falta de algumas pessoas, mas esse foi o caminho que escolhi. It's-my-life!

Wednesday, August 23, 2006

O que dizer quando não se tem nada a comentar?

Olá, querido diário! Hoje fui à escola, voltei, almocei assistindo Chaves/Chapolin, dei uma cochilada, fui a minha aula de japonês, voltei, tomei banho, jantei e dormi. É, esse foi o meu dia. Até amanhã!

Olá, querido diário! Vide dia anterior.

Bom, foi assim que no quarto dia eu larguei mão de escrever um diário. Eu queria ser que nem o Lucas Silva e Silva do "Mundo da Lua" da Cultura! Tinha historinha pra contar todo dia!

E hoje é um dia nada Lucas Silva e Silva. Tirando que rolou choppinho com o homem com que eu casaria se ele já não fosse casado e com dois filhos. Desilusão, desilusãããão.... (com cara de Marisa Monte).

Espero que antes do quarto dia eu tenha mais coisa pra escrever, porque senão vai ser como o pobre diário que ficou largado numa gaveta.

Ah, mas a lição de hoje é não viver dormindo.

Tuesday, August 22, 2006

Os podres do homem

Fico impresionada com a cara de pau das pessoas. Talvez por não conseguir ser tão dissimulada. Não estou dizendo que isto seja uma qualidade. Neste momento eu gostaria de ser um pouco mais estúpida e ser a maior vendedora de óleo de peroba da face da Terra.

Acabo de ficar 35 mangos mais pobre. Por causa de um parafuso. E uma chave de fenda. Um pequeno problema em meu forno: ele não funcionava. Aí um técnico picareta apertou um parafuso e me cobrou 35 mangos. Por que as pessoas tem que se fazer de espertas? E pior, quando eu perguntei por que não estava funcionando a regulagem do forno, ele respondeu que era controlado por termostato, que era automático. Eu mereço.... dispensei o cara com meu dinheiro e amanhã ligo pedindo um outro técnico.

Da próxima vez eu fuço mais e conserto sozinha. Afinal de contas, pra que ser engenheira se eu não posso nem consertar meu próprio fogão. Detalhe: perdi meia hora pra colocar as grades retráteis que eu mesma tinha tirado.

Monday, August 21, 2006

Quando tudo volta ao normal e é o que você mais quer

Depois de um dia de trabalho sem novidades, eis que um e-mail me enche de felicidade. E como toda coisa boa, me fez refletir... Às vezes a gente quer mudar, quer uma revolução. E quando essa vontade é só um outro jeito de mostrar que na verdade a gente não sabe o que quer? Felizes aqueles que não mudam nunca porque sabem que é isso mesmo que eles querem. Acho que tenho que cortar meus cabelos....

Sunday, August 20, 2006

Chá da tarde em Botafogo

Estava esperando mais um dia de praia, mas o cara da salada de fruta com sorvete da praia tinha razão. Domingo amanheceu nublado e choveu. Nada de praia hoje. Então, por que não aproveitar para assistir uns filmes que demorariam meses pra chegar em Campinas? Decidi fazer uma mini-maratona, dois na seqüência: "Café da Manhã em Plutão" e "Obrigado por fumar". Posso dizer que foi muito bem ter chovido. Chorei absurdo no primeiro e ri bastante no segundo.

Patricia é apaixonante, encarando as coisas de um jeito simples, mas no fundo levando mais a sério do que qualquer um. E Nick é um cara que eu gostaria de ser. Quando me peguei xingando-o em voz alta num dos momentos críticos do filme, percebi que o filme é mais envolvente do que eu imaginava. E o filho dele também me roubou algumas lágrimas. Mas eu choro fácil, então não vá achando que é um filme triste ou comovente.

Gostei muito da sala do Unibanco Arteplex. Só com filmes bacanas. Vou tentar aumentar meu objetivo de cinema uma vez por semana para duas.

E é fim de mês, como me avisa a conta no banco. Hora de apertar os cintos, procurar os restaurantes mais "populares", jantar miojo (se bem que isso não é só pelo dinheiro)...

Saturday, August 19, 2006

Ressacão...

Impressionante como cerveja combina com praia. E essa chuva que resolveu finalmente desabar combina com o ressacão instantâneo que me assola. Fora os vinte quilos de jaboticaba que eu resolvi comer no caminho. Essas barraquinhas no meio da rua são tão atraentes....

Estive refletindo sobre o nome do blog. Tenho uma dificuldade sem tamanho para decidir coisas desse tipo. "Onde vamos almoçar hoje?", "Que filme pegamos pra assistir?", "Como vai se chamar seu filho?", "Qual será o nome do meu blog?". Foi quando recebi um sinal (tem horas que não tem como não acreditar nessas coisas), tinha acabado de escolher e escrever no local indicado e não é que a bendita da música começou a tocar? Mas com uma moça cantando. Então, fica-se decidido. As coisas poderiam ser simples desse jeito. Uma música que toca, um trovão que cai, uma pessoa que te convide...

E mais uma bobagem que eu escrevo por não ter pra quem contar. Ontem foi um dia cheio de momentos singulares. Ao sair do metrô e me dirigir a minha atual residência, uma rapaz (muito bem apessoado diga-se de passagem) me cumprimenta com um "Oi, tudo bem?". Eu sempre ando distraída e a resposta veio mecanicamente "Oi, tudo bem". Sei lá por que achei que conhecesse o moço. Mas na rapidez de uma sinapse lembrei que eu não conheço ninguém nesta cidade, quanto mais perto da minha casa. Mas ele parecia tão familiar. Ficou um tempo me olhando enquanto eu me distanciava. Não, nunca fui abordada desta maneira. E ainda custo a achar que foi uma cantada. Mas confesso que por alguns instantes me senti a pessoa mais bonita do mundo e o rapaz foi a pessoa mais importante da minha vida por alguns segundinhos.

Na praia hoje tive um momento de "erro na matrix". Ao tentar me desviar das ondas assassinas desta cidade, levei um baita de um caldo que me deixou com areia saindo pelos ladrões. Lembrei de um tal de Rock in Rio e pensei "Que bom que eu não estou com óculos de sol". Saudade dos amigos....

E um rapaz resolveu conversar comigo no meio do mar (ainda tentando me livrar das ondas) "Você não é daqui, né?". Não sei se é por causa dos meu lindo bronzeado branco leite, se é porque eu tenho esses olhos puxados, eu simplesmente não tenho cara de carioca. Aí eu tive que perguntar "Como você adivinhou? É tão óbvio assim?" eis que ele me responde "Na verdade eu sou colombiano, achei que você fosse estrangeira também". Essa é a seguda vez que acham que eu sou gringa em Copacabana. Só saio perdendo. Todos vão se achar no direito de cobrar o valor maior, achando que eu recebo em iene e ainda corro o risco de levar facada.

E eu ainda vou aprender a mexer neste negócio pra colocar link, fotos e tudo mais que este maravilhoso mundo permite!

Always hate the first time

Quem diria... depois de tanto tempo, eis que me aventuro no mundo virtual.... agora penso por que não fiz isso antes... talvez porque sempre que tinha algo pra dizer, chamava a galera pra um bar e pronto. Na verdade, quando a galera se reunia, eu já não queria dizer mais nada. Como se a felicidade tomasse conta e anulasse tudo de ruim. E posso dizer que em casa eu sempre tive a melhor companhia pra dividir os detalhes mais sem importância, como o que eu comi no almoço, quem eu encontrei na rua ou que tinha me apaixonado.

Mas, como estou aqui escrevendo, dá pra perceber que as coisas mudaram, né? Hoje estou num mundo novo, que ainda não posso dizer se gosto ou desgosto. Ele apenas é. Mas prefiro discorrer o assunto mais tarde, porque senão eu não saio daqui hoje!

Engraçado como dá vontade de escrever tudo! Sobre o velhinho, José Marcolino, 78 anos, apreciando sua pipoca doce (aqui se come muita pipoca...) que me viu lendo no metrô e foi com a minha cara e declamou um lindo poema do Olavo Bilac sobre a juventude. E ainda cantou uma música com meu nome, e não era Lady Laura do Rei. Tem dias que eu não gosto quando as pessoas falam comigo em lugares públicos. Sou uma pessoa muito educada, então, respondo a todos com o maior interesse e um sorrisão na cara. Mesmo quando a vontade é sair correndo e gritando "me deixa em paaaaaz!". Pensando bem, são poucas as vezes, mas são vezes que me marcam e parece que é sempre assim... Mas bem, não foi esse o caso. Achei lindo. Mas me peguei pensando e tive vergonha de mim. "Ele é velhinho, ele precisa falar, tadinho". Que imbecil que eu sou.... ele fala porque ele gosta! Porque ele quer! E tadinho por quê??? A conversa terminou quando o metrô veio vazio e eu tive que ir embora.

Mas eu tenho muita coisa pra escrever..... vai ter que ser por partes, porque tá fazendo sol e como uma nova carioca, estou indo à praia.