Saturday, August 19, 2006

Always hate the first time

Quem diria... depois de tanto tempo, eis que me aventuro no mundo virtual.... agora penso por que não fiz isso antes... talvez porque sempre que tinha algo pra dizer, chamava a galera pra um bar e pronto. Na verdade, quando a galera se reunia, eu já não queria dizer mais nada. Como se a felicidade tomasse conta e anulasse tudo de ruim. E posso dizer que em casa eu sempre tive a melhor companhia pra dividir os detalhes mais sem importância, como o que eu comi no almoço, quem eu encontrei na rua ou que tinha me apaixonado.

Mas, como estou aqui escrevendo, dá pra perceber que as coisas mudaram, né? Hoje estou num mundo novo, que ainda não posso dizer se gosto ou desgosto. Ele apenas é. Mas prefiro discorrer o assunto mais tarde, porque senão eu não saio daqui hoje!

Engraçado como dá vontade de escrever tudo! Sobre o velhinho, José Marcolino, 78 anos, apreciando sua pipoca doce (aqui se come muita pipoca...) que me viu lendo no metrô e foi com a minha cara e declamou um lindo poema do Olavo Bilac sobre a juventude. E ainda cantou uma música com meu nome, e não era Lady Laura do Rei. Tem dias que eu não gosto quando as pessoas falam comigo em lugares públicos. Sou uma pessoa muito educada, então, respondo a todos com o maior interesse e um sorrisão na cara. Mesmo quando a vontade é sair correndo e gritando "me deixa em paaaaaz!". Pensando bem, são poucas as vezes, mas são vezes que me marcam e parece que é sempre assim... Mas bem, não foi esse o caso. Achei lindo. Mas me peguei pensando e tive vergonha de mim. "Ele é velhinho, ele precisa falar, tadinho". Que imbecil que eu sou.... ele fala porque ele gosta! Porque ele quer! E tadinho por quê??? A conversa terminou quando o metrô veio vazio e eu tive que ir embora.

Mas eu tenho muita coisa pra escrever..... vai ter que ser por partes, porque tá fazendo sol e como uma nova carioca, estou indo à praia.

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