Friday, September 08, 2006

Será que a gente não cresce nunca?

Gosto quando acordo com a capacidade de achar graça nas coisas mais banais do dia-a dia. E achar muita graça.

Elevador ao meio-dia. O lugar mais odiado por 98% da população trabalhadora. Elevadores que mesmo burfando param em todos os andares. E como eu odeio aquela sensação do estômago seguir a bendita da inércia... E o evento se repete às 13 horas, quando todo mundo tem que voltar. Mas hoje sendo sexta de feriado, nos demos ao luxo de almoçar por duas horas. Que maravilha, aquele elevador vazio... dava até pra ler o recadinho que passa em cima da porta, parecido com aquelas luzinhas que chamam a próxima senha do banco, mas com notícias sobre petróleo e essas coisas. Só que de repente as luzinhas estava piscando. Umas coisas sem sentido passavam, mudavam... comentei com a minha amiga que era sinal de que o elevador iria parar. Já me disseram que já aconteceu algumas vezes. Eis que uma voz logo atrás da gente solta um "não, esse botão acerta a hora!". As duas olham pra trás e tem um carinha com o controle remoto tentando escrever Petrobras. Começamos a rir. E fazer piadinhas com a incapacidade do carinha colocar uma palavra tão simples ali. E um senhor na nossa frente não conseguiu segurar o riso. E todo mundo riu. E eram só 14 andares. Nem parecia que estávamos trabalhando num dia que deveria ter sido enforcado.

E no meio das piadinhas eu me lembrei que fazia muito isso na faculdade. Piadinhas bem infantis. Tirar um barato da cara de todo mundo. Se não fosse pelo crachá, ninguém acreditaria que esta pessoinha já é uma engenheira! Até pediram pra eu mostrar meu crachá no restaurante que dá desconto pra empresa! haha Dividaram de mim! Será que eu quero mudar? Será que eu vou ter que mudar? Tomara que não!

E por que a gente espera tanto por alguma coisa tão boba quanto um telefone tocando? Mesmo tendo quase certeza que ele não vai tocar. Mas esperar é legal. Mas a decepção que vem depois... a gente poderia ficar mais maduro e aprender a não esperar por coisas assim. Como quando sua mãe ia ao supermercado no meio da semana e você ficava esperando ela te trazer um danoninho, mas como não era fim de semana, você sabia que não ia ter. Mas mesmo assim, tirava tudo da sacola, esperando uma surpresa. E não vinha danoninho... E agora que eu aprendi a fazer o bendito em casa, que eu posso fazer um baldão de danoninho, eu nem gosto tanto assim. Crescer tem dessas decepções...

2 comments:

Unknown said...

Pára tudo! Vc sabe fazer danoninho???????????????????

Raura-chan said...

Na verdade eu nunca fiz, mas me passaram a receita secreta! hahaha e é patético de fácil. E fica idêntico. Depois te passo a receita, mas só pq vc é meu amigo!