Sunday, October 29, 2006

Deu a Louca na Chapeuzinho


Sempre fui apaixonada por animações/desenhos (é, eu não sou xiita e não fico brava quando as pessoas falam desenho. Aliás, não entendo direito porque algumas pessoas se ofendem quando a gente chama tênis de mesa de ping-pong, animação de desenho...).

O que me fascina é que os desenhos não tem obrigação de seguir a realidade, pode estrapolar sem ter neguinho fazendo comentários do tipo "Ah, vá... ninguém luta desse jeito! Olha lá, ele tá voando!" ou "Ele leva um milhões de tiros e não morre?". Aí se o cara é bom, ele consegue criar cada personagem que dá vontade de chorar. Não, não é bem o caso deste filme. Então, vamos às críticas.

O filme é mais infantil do que eu esperava. Eu não tenho nada contra infantis. A questão é a expectativa. Esperava uma paródia mais sarcástica, embora a caracterização do vilão como grande empresário, com todas aquelas frases feitas que me eram tão rotineiras, tenha ficado muito boa.

Sendo assim, voto no Lobo como personagem mais divertido. Jeitão emburrado com a vida, não consigo lembrar um personagem de outro filme com quem ele se parece, mas ele lembra algum. Ou alguns.

Já a Chapeuzinho, adolescente em crise. Isso é chato de qualquer jeito, seja em filme, novela, desenho.

Destaque para o Bode Tirolês. Esse me fez rir. E querer assistir o legendado.

Um filme bacana. Mas não entra na categoria "assisto de novo se algum outro amigo ainda não tiver visto".

Saturday, October 28, 2006

Espontaneidades da vida

Muitos dinheiros mais pobre, leve ressaca, seis da manhã. Isso é hora de acordar num sábado? Acontece. Não consigo mais dormir. Verão chegando, dia claro. Será que dá praia? Sol, algumas nuvens. Para o bem dos cariocas, digam a todos que fico em casa. Murphy tem me acompanhado muito de perto.

Ligo o rádio. Beautifull Day. Será um sinal? Teria acreditado se não fosse uma britadeira de uma obra na rua da frente abafando o som.

Telefone toca. Sair. Ótimo. Pra onde? Não sei. Com quem? Não conheço. Criando coragem. Passeio no Largo do Machado. Jóia. Região do Catete. Fantástico. Chopp. Sempre bom. Conversa. As horas têm mesmo que passar? Despedida. Como não criar expectativas? Não devo. Mas como? Será que o telefone toca de novo? Vou fingir que não estou nem aí. Com que música eu acordo amanhã?

Tuesday, October 24, 2006

Sobre as surpresas da vida

Terça-feira. Ninguém espera nada de uma terça-feira. Não dizem que melhor ser odiado que esquecido? A segunda é um dia que todo mundo odeia. A quarta já é quase fim de semana, um marco do meio da semana. Quinta, para os mais animados, grupo ao qual, modestamente me incluo, já é dia de festa. Sexta e sábado são unanimidades e Domingo é um dia controverso, pq é fim de semana, mas é chatão pq é véspera de segunda. Logo, terça é um dia sem definição. Esquecido.

E tem dia melhor pra se acontecer coisa boa? "As coisas acontecem quando se menos espera". Terça é o dia ideal pra isso. Cerveja com novos amigos. E quem disse que o Orkut é perda de tempo? (eu mesma disse algumas vezes) E quem disse que é ruim ser confundida com outras japas? (eu também já disse isso) São nessas besteiras da vida que surgem situações e momentos indescritíveis que podem ser contadas para os amigos quando eles te perguntam "mas e aí, o que conta de novidade?" ou "tá gostando do Rio?".

Engraçado que minha felicidade de hoje não foi proporcionada por cariocas. Bem, um deles pode até ser chamado de carioca por uso capião. Mas isso é o de menos. Prefiro acreditar que isso não aconteceria em outro lugar. Nem com outras pessoas. É um momento meu. Incomparável.

Só espero que não seja passageiro e superficial como a maioria dos relacionamentos cariocas "Liga pra mim" ou "passa lá em casa" sem passar o número do telefone ou o endereço...

Como pode alguém ser parecido com o Rafa da MTV, Noel Gallagher e John Lenon, sendo que eles não se parecem entre si?

"Engenheira Química? Você deve ser muito inteligente". Ligando o SAP: "Nerd pra cacete...." Devia estar acostumada.

Sunday, October 22, 2006

Não peça Vodcka

Por que a gente não aprende e cumpre as coisas? Quando a gente diz "não bebo assim nunca mais..." é pra cumprir! Mas por um lado, isso é muito bom, pois mostra que o ser humano tem uma impressionante capacidade de se esquecer rapidamente das coisas ruins. E uma força de vontade que vai daqui até ali, no meu caso.

O caminho todo, fui treinando mentalmente "Não peça vodcka, não peça vodcka". Mas depois de ver o preço da lata da cerveja (sete dinheiros), não teve como "Uma caipivodcka, limão, dá uma garibada na álcool".

Não deu outra. Cartão bloqueado por senha inválida, longa caminhada sozinha pelas ruas do Rio em busca de um táxi (provavelmente deveria ter um bem na frente da balada, mas vai entender bêbado...), pão de queijo em posto de conveniência (lembrei do pessoal do ex-trampo...), leve dor de cabeça, enjôo e sede. Muita sede. Abençoado seja o Gatorade.

Balanço geral do fim de semana: Insatisfatório. Balada bizarra com pessoas se engalfinhando pra entrar num lugar onde as pessoas não dançam, ficam andando pra lá e pra cá, se exibindo. Mulher demais dá nisso. DJ fraquinho. Bebidas caras. Domingo pegadinha. Amanhece com sol, coloco a roupa de banho. Praia finalmente, depois de meses sem sol. Depois de 30 minutos de metrô, eis que coloco o pé para fora e as nuvens se formam. Começa a chover. Sim, sou uma pessoa muito pé-frio. Os cariocas deveriam fazer uma vaquinha para eu voltar com mais freqüência pra São Paulo pra eles poderem ter um pouco de sol no fim de semana.

Acho que o grande problema é a expectativa. Esse fim de semana tinha que ser bom. Precisava ser bom. Assim como você vai a um filme esperando ser o melhor filme da sua vida, chega com uma hora de antecedência pra não perder nenhum pedacinho, compra até a pipoca e o filme não é lá essas coisas. A frustração é tão grande que você não consegue fazer uma análise crítica imparcial. Se te perguntarem, o filme foi uma merda. Lógico que o inverso também acontece. Daqui pra frente, sem expectativas. Como se fosse fácil. A gente sempre esquece do que promete.

Saturday, October 21, 2006

Sexo, Orégano e Rock and Roll

Depois de me cadastrar em um monte de promoções da Petrobras para ganhar um ingresso infrutiferamente, resolvi assisitir o filme como pagante mesmo. E tenho que aproveitar que a mãe Unicamp me presenteou com uma carteirinha que tem validade até 2008! Tenho que aproveitar bem!

Primeiro um curta muito interessante. Muito bem feitinho. Que eu não assistiria com a minha mãe. "Deu no Jornal" tem um título que depois se mostra literal. Animação com desenhos sobre anúncios de acompanhantes no jornal. Desenho de mulheres que se alternam, em poses sensuais e explícitas, acompanhados de gemidos como trilha sonora. Acho que há um cara falando algo por trás, mas engraçado como não dá pra se concentrar com uma pessoa gemendo paralelamente. Um final muito bacana.

O filme. Um grupo de hippies no mundo atual, tentando manter o mesmo ritmo e ideologias da época do Flower Power (adorei este termo). Uma seqüência de piadinhas, mas que a uma certa altura começa a cansar. Deve ser por isso que as tirinhas são legais. Curtas. Diretas. Não saí com dor na barriga de tanto rir, mas valeu a pena. O Tom Zé como Raul Seixas é muito bom. A trilha sonora também é bacana, a música do paranormal é hilária. O Elton John... ri demais.

Mas definitivamente preciso encontrar uma companhia para cinema. Mas uma boa companhia. Que assista "Deu a Louca na Chapeuzinho" com a mesma empolgação pra assistir "Volver". Mas que entenda que "Serpentes a Bordo" não merece meus sete dinheiros.

Tuesday, October 17, 2006

Perdidinha

Hoje reparei como ainda estou perdida nesta cidade. Depois de um feriado prolongado, nada mais comum do que as pessoas fazerem a famosa pergunta "E aí, como foi o feriado?". Resposta "Bem". Ninguém pra contar os detalhes, pra pedir conselho. Estou me sentindo muito retórica. Mas provavelmente se alguém me perguntasse mais ou se percebesse que há uma incrível nuvem negra na minha cabeça, eu não gostaria, porque eu simplesmente não quero conversar com ninguém que esteja perto de mim. É a falta desse tipo de pessoa que me incomoda.

Nada mais natural que escorrer uma lagriminha quando um amigo te liga de outro Estado pra saber se está tudo bem. Não, não está. Como é bom poder falar e saber que ele vai te escutar. Mas escutar de verdade. Não, meu problema não está resolvido. Mas fico feliz por poder dividir um pouco da minha tristeza. Pouco egoísta e egocêntrica?

Mas acho que agora eu só quero uma bolha bem grandona, um livro qualquer e que o despertador não toque amanhã.

Monday, October 16, 2006

Rapidinha

Segunda... muito tarde... muito tempo sem escrever, tanto pra dizer.

Impressionante como uma única coisa ruim acaba com um montão de coisas boas. Rever amigos que há anos não via, ouvir um "você faz muita falta", jogar video-game como se o tempo tivesse parado. Tanta coisa legal. Daria pra escrever um monte de coisas pra explicar cada momento, cada sentimento. Mas estou tão cansada...

Acho que preciso de muitos cds com músicas alegres. E um botão bem grande de "Foda-se".

Sunday, October 08, 2006

Ô, Loco...

Bem feito pra mim. Isso que dá passar o domingo em casa! É pra eu aprender! Mesmo que esteja um dia terrível, que aquela ressaca não deixe seu corpo, não fique em casa num domingo. Ou melhor, não ligue a TV. Difícil quando a porcaria da internet não funciona.

Até que começou bem, assisti Toy Story 2. Adoro desenho! Chorei, pra variar. Não lembro se chorei da vez que assisti no cinema. Mas aqueles brinquedinhos lindos falando de amizade, não tinha como não chorar. Pegaram meu ponto fraco, hein, Sr. Buzz Lightyear e Woody! Safadinhos...

Mas continuei sem mexer no controle remoto. Grande erro. Começou o Faustão. Fazia tempo que não assistia. Fiquei reparando no rosto dele e me impressionei, pois nunca olhei para o rosto dele. Depois de tantos domingos, era como se eu nunca o tivesse visto. Acho que se ele passasse do meu lado, eu não o reconheceria. Acho que reconheceria sim, ele é muito grande. Será que eu faço isso com muita gente? Ou só com as pessoas com quem não me importo? Tenho que ser menos desligada...

E não me lembrava de como ele é um mau improvisador. Era um tal quadro novo onde as crianças seriam ouvidas. Pois elas são o futuro da nação. Então, obviamente, temos que ouvi-las, pois elas nos salvarão. Para eles deve fazer todo sentido do mundo. Eis que o Sr. Silva começa a enrolar para explicar o que eu expliquei neste parágrafo. Como é irritante uma pessoa enchendo lingüiça. Não sei se é por que sou engenheira, mas gosto das coisas muito práticas. Se a pessoa começa a falar muito, acho que ela está tentando me enganar. Pois bem, depois de falar por longos 5 minutos, eis que começa o tão esperado quadro das crianças que serão ouvidas. Um longo estudo e pesquisa com crianças foi feito em 5 meses para saber o que elas pensam. Sobre o quê? Sobre tudo, geralzão mesmo. Sobre família, sobre o que elas gostam de fazer, sobre a política nacional, sobre o pesado fardo de elas terem de ser os salvadores da pátria. De quem foi a idéia de girico de criar um quadro desses!!!! Leave the kids alone!!! Deixem-nas gostar de bonecas, carrinho, pega-pega, esconde-esconde, chocolate antes do almoço!! Deixem o problema delas ser ter de comer brócolis ou recuperar aquela bolinha de gude animal que o vizinho ganhou! Por que as crianças de hoje tem que responder perguntas do tipo “O que você acha sobre Família?”?? Elas têm que responder “Eu gosto da minha mãe e do meu pai, mas briguei com meu irmão e estou de mal”!!! Por que elas têm que saber explicar o sentimento humano?? Por que antecipar uma coisa que quando ela for adulta já vai fazê-la sofrer mais do que o suficiente?

Mas que fique claro, não estou dizendo que as crianças têm de ser tratadas como imbecis. Se os pais estão se separando, não adianta falar que o papai foi comprar cigarro. Acho que elas perceberiam que ele não vai mais pra casa. O que eu quero dizer é que excesso de informação também é prejudicial! Tem coisa mais bizarra do que uma criança de 7 anos ter que falar como um adulto de 30, com toda aquela experiência de vida? E a mãe fica orgulhosa! Olha meu filho, que inteligente... É essa pressão toda que faz as crianças se matarem no Japão! Daqui a pouco, essa moda pega por aqui.

E eu passaria a tarde toda falando dessas porcarias que eles empurram goela abaixo e fazem as crianças parecerem pequenos vândalos e biscatinhas. Acho que já discuti isso com algum amigo meu... não estou recordada... bom, mas alguém levantou o ponto de que na verdade, o erotismo, essa preocupação com as crianças estarem banalizando o sexo, está na cabeça dos adultos. Que as crianças se vestem desse jeito porque acham legal e é só isso. Eles não enxergam a maldade. Será? Essa seria uma boa pergunta pra uma criança. Será que nenhuma mãe se preocupou em perguntar essas coisas pra filha quando ela dança com a Kelly Key cantando Baba, Baby? Ou quando ela quer andar de barriga de fora, mesmo estando um frio do cão? Ou usando aquelas sainhas de colegial? Confesso que fico deprimida quando vou trabalhar com meu pai (ele tem uma loja de bugigangas) e quando uma criança pode escolher um presente e ao invés de pegar um joguinho, uma boneca, ela pega uma caixinha de maquiagem. Tudo bem, é uma época diferente, mas será que estamos indo pro caminho certo? Tem um caminho certo? A gente tem que ficar passivo olhando pra isso?

Pra parar de sofrer, eu desligo a televisão. Ufa... problema resolvido.

Saturday, October 07, 2006

Me veja algo forte....

Foi assim o começo da minha noite. Uma noite curta, mas interessante.

Na verdade, o começo não foi esse. Tudo se iniciou num bar com alguns chopps. Adoro sexta-feira. É o dia onde eu consigo companhia para minhas aventuras. E tinha uma banda muito bacana tocando no bar ao lado. Pearl Jam, Smiths, IRA, REM. Um ótimo repertório. Da próxima vez vou beber no bar que pagou o cachê deles.

Conversas. Reparei que depois de alguns poucos chopps, sexo sempre vira o assunto. E com pessoas legais, o assunto rende de maneira agradável, sem baixarias, chegando até a assuntos complexos como comportamento humano. Gosto de conversas "cabeça". Mas também gosto de uma baixaria e por isso, a noite não acabou por aí.

Depois de tentar conhecer outros lugares (QG Music Hall - Não recomendo. Lugar vazio, visitado por pessoas mais idosas e o dono do lugar se veste como o Sidney Magal e tem a cara do Roberto Carlos), voltamos ao já conhecido Pampa Grill. O nome engana. De dia é um restaurante (acho que deu pra perceber) que me disseram ser caríssimo, e de noite é o point da galera. No andar de cima as músicas que tocam na rádio e aquele monte de funk, normal em qualquer balada por aqui, e no andar de baixo, flash back e trash. Flash back é legal que dá pra excluir aqueles com menos de 20 anos. Se ele cantarola a música e sorri a toa, é porque ele tem a mesma faixa etária que você! Mas sinceramente esse negócio de trash já deu o que tinha que dar... foi engraçado no começo, mas já cansei de Xuxa e trem da alegria. E na verdade, essa de ouvir música da infância na balada foi idéia de um grande amigo! Ele devia ter patenteado e poderia estar com muito dinheiro no bolso.

E no auge da pão durisse (que nem é tão inexplicável, num lugar onde a long neck custa 5 dinheiros), eis que encontro um garçom muito simpático a quem pergunto como consigo uma caipirinha ou algo mais barato e forte. Ele me diz que a caipirinha derruba neguinho e é essa mesma que eu peço. E peço pra ele dar uma garibada na vodcka. Por 8 dinheiros e meio, acho que vale a pena. Pela dor de cabeça que sinto hoje, acho que ele atendeu meu pedido. Embora na saída o mesmo garçom tenha achado estranho eu ainda estar de pé.

E eu descobri que tenho um ímã para pessoas comprometidas. E infiéis. Um dia ainda levo uma porrada de alguma namorada/noiva/esposa ciumenta. O bom é que depois que eu descubro que o fulano tem coleira, eu não preciso ficar com peso na consciência de não lembrar o nome dele.

E sair da balada com chuva até que é bom. Se você não estiver usando salto. Aí não é legal. O bom de usar salto é que quando você tira, a satisfação é quase sexual. Andar na rua descalça, no meio da chuva é legal. Mas tomara que eu não pegue leptospirose.

Thursday, October 05, 2006

Zona de conforto

A mãe da minha grande amiga leu um livro e nos disse que pra conseguir progredir na vida, temos que ter menos medo. E que pra ir perdendo o medo, a gente precis fazer um exercício diário de deixar a sua zona de conforto e se aventurar. É como ter coragem de levantar a mão no meio da aula e dizer que não está entendendo lhufas, pedir um mês de férias para o chefe, pedir pras pessoas não jogarem no chão o papel que pegam na rua, dar esporro na tiazinha que lava a calçada todo dia....

Meus desafios estão concentrados em conhecer mais gente. Ontem eu fiz minha parte. Tive a coragem de mandar um bilhetinho para um mocinho que havia chamado minha atenção. Mas foi até aí, porque a coragem acabou na hora que eu pedi pro garçom entregar o bendito e saí correndo. Ele até me ligou logo em seguida, mas acho que a curiosidade dele não foi muito longe, porque ele não ligou de novo. Mais um black pra coleção. Triste quando você começa a se acostumar com isso.

E hoje uma coisa muito boa aconteceu, que por uma dessas piadas da vida, me fizeram pensar mais do que eu queria. Minha amiga (ela é muito citada aqui e nem lê o que eu escrevo) conseguiu uma bolsa e vai pra Alemanha!!!!!!! ÊÊÊÊÊ!!!!!!!! Ando tão sensível que chorei no meio do trabalho quando recebi o recado. Não sabia nem o que dizer, minha vontade era de pegar um vôo naquele instante e dar um abraço imenso nela. Aí eu fiquei triste de novo! Eu não sei se já escrevi, mas sou extremamente ciumenta com meus amigos. Fiquei imaginando que um monte e amigos dela deram esse abraço e eu não estava lá pra ser a primeira a dar os parabéns e a lista de presentinhos que ela vai ter que trazer. Fiquei com raiva de todos os outros amigos dela!

E lógico que eu fiquei com uma saudade desgramada de todos meus amigos, uma vez que eu queria contar a novidade pra todo mundo, mas ninguém ao meu redor ia querer saber! Queria abraçar alguém, mas também não cheguei nesse nível de intimidade com a galera. Fiquei triste por ainda não ter pessoas com esse nível de intimidade. Até dos abraços de quebrar a costela que um amigo me dava eu sinto falta.

Monday, October 02, 2006

Sem tomates nem ovos

Eu já sabia que isso ia acontecer. Quando me disseram que Frank Aguiar, Clodovil e Maluf estavam na parada, já sabia que eles seriam eleitos. Mas quando o fato se consuma, dá vergonha de fazer parte desta palhaçada.

Mas uma coisa curiosa passou pela minha cabeça. Ninguém do meu círculo social, que modéstia a parte não é pequeno, votaria neles. Mesmo sabendo que o país é cheio de diferenças, que o Brasil é imenso, é estranho ver que eu vivo num mundo a parte. Um lado de mim ficou feliz por eu estar rodeada de pessoas capazes de discernir um político e um cantor de forró. Mas o outro lado ficou muito triste por saber que, comprovadamente, a maioria do restante do mundo é estúpido o suficiente para escolher essas pessoas como representantes. Triste saber que eu estou tão distante do mundo.

E em entrevista ao Jornal Nacional, o mais novo deputado de São Paulo responde à pergunta: "Que tipos de projeto o senhor vai propor?" "Ah... não sei... não sei nem se existe política". Mas não hesitou em dizer que entraria chiquérrimo no Congresso. Por favor, digam-me que as pessoas que votaram nele e viram essa entrevista ficaram arrependidos, pelo menos...